Tribunal Internacional de Haia agrava prisão de Pierre Bemba
O Tribunal Penal Internacional condenou ontem Jean-Pierre Bemba a ficar um ano na prisão por tentar influenciar testemunhas, o que significa que o antigo Vice-Presidente da República Democrática do Congo deve agora ficar 19 anos na prisão, uma vez que foi condenado no ano passado a 18 anos de prisão por crimes de guerra.
O réu deve pagar 300 mil euros em três meses que vão ser transferidos para um fundo para as vítimas. O júri determinou que Jean-Pierre Bemba e quatro réus eram culpados por delitos “contra a administração da Justiça, tais como falsas declarações dadas por testemunhas de defesa” e uma nota do tribunal esclarece que o tempo da pena do ex-Vice-Presidente congolês não vai ser deduzido porque a diminuição foi feita no processo principal.
O grupo condenado inclui o advogado de Jean-Pierre Bemba, Aime Kilolo, que foi condenado a dois anos e meio de pena suspensa.
Os outros réus tiveram a mesma punição ou dedução do tempo de prisão, designadamente o membro equipa de defesa Jean Jacques Mangeda, o deputado congolês Fidele Babala e o perito Narcisse Arido, que também participou na defesa de Jean-Pierre Bemba.
O TPI declarou no ano passado Jean-Pierre Bemba culpado por crimes de guerra e de violência sexual cometidos na República CentroAfricana, entre 2002 e 2003. Foi depois deste período que deixou de ser líder dos rebeldes congoleses do grupo MLC e assumiu a vice-presidência no governo interino da RDC.
No período em que os crimes foram cometidos, a RCA enfrentava uma guerra civil. A defesa anunciou que vai recorrer da decsão.