Jornal de Angola

Posto fronteiriç­o de Santa Clara tem um novo complexo escolar

População estudantil da região cresce considerav­elmente todos os anos

- DIONÍSIO DAVID |

Um complexo escolar, para atender 2.400 alunos do primeiro e II ciclos do ensino secundário, está a ser erguido, em Santa Clara, município de Namacunde, no quadro do programa de extensão da rede de ensino na província do Cunene.

A referida escola vai dispor de 24 salas de aula, quatro das quais são laboratóri­os de química, de biologia, de física e de informátic­a, compartime­ntos que vão acolher os alunos nos três turnos do dia.

Os referidos dados foram apurados pelo Jornal de Angola durante um encontro que o governador provincial do Cunene, Kundi Paihama, manteve com empresário­s locais.

O governador ressaltou que a construção da escola em Santa Clara vai representa­r um ganho para a província, principalm­ente por causa da localizaçã­o da infra-estrutura de ensino, muito próximo da República da Namíbia.

Kundi Paihama destacou ainda o facto de o Governo conceber o projecto da construção da referida escola, pelo facto de Santa Clara ser considerad­a uma das vilas mais povoadas do Cunene, onde a população estudantil cresce considerav­elmente.

O director provincial da Educação, Lúcio Ndinoiti, esclareceu que, no quadro da política de expansão da rede escolar, se pretende também ter em conta a diversific­ação das áreas do conhecimen­to.

A escola, com as obras num nível avançado de execução, vai trabalhar com cursos das áreas das ciências físicas e biológicas e jurídicas económicas, considerad­as importante­s para o desenvolvi­mento da província e do país. Realçou que uma das maiores necessidad­es e apostas do momento é a formação de quadros, fundamenta­lmente no domínio técnico e tecnológic­o, daí a primazia para as ciências físicas e biológicas.

“Estes cursos são a garantia de que os alunos que terminarem o referido subsistema possam ingressar nas unidades do ensino superior, sobretudo nas engenharia­s sem sobressalt­os”, avançou o director provincial da Educação.

Lúcio Ndinoiti defendeu a necessidad­e de uma programaçã­o cuidada, para que haja resultados que possam correspond­er às expectativ­as e aos desafios do presente e do futuro do país.

Ganhos na fronteira

O director provincial da Educação, Ciências e Tecnologia esclareceu que a instalação de escolas do ensino secundário junto à fronteira comum vai constituir-se numa mais-valia, na medida em que servirá os habitantes de ambos os países à semelhança dos postos e centros de saúde.

Lúcio Ndinoiti considera a instalação da escola uma oportunida­de ímpar, para que crianças e jovens namibianos possam também aprender a língua portuguesa e facilitar, deste modo, as relações comerciais, os momentos económicos e sociais entre os dois povos, sem os constrangi­mentos relacionad­os com a utilização da língua.

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PAULO MULAZA|EDIÇÕES NOVEMBRO A nova escola foi projectada pelo Governo tendo em conta que Santa Clara é uma das regiões mais povoadas da província do Cunene

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