Aumenta o número de mortos causados pela chuva torrencial
O número de vítimas mortais resultantes da chuva que caiu em Luanda, na noite de terça-feira e madrugada de quarta-feira, subiu para 11, informou, ontem, o porta-voz do comando provincial do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros.
Faustino Minguês, que divulgou ontem um novo balanço provisório, adiantou que, além das 11 mortes confirmadas e ocorridas em Cacuaco, Cazenga, Belas, Kilamba Kiaxi e Luanda, a chuva torrencial provocou ferimentos a seis pessoas.
As vítimas mortais, entre adultos e crianças, morreram na sequência do desabamento de moradias e, outras levadas pela correnteza das águas na travessia de pontes metálicas e queda de postes de alta tensão.
A chuva causou a inundação de 5.773 moradias, o desabamento de 13 outras e deixou 344 famílias desalojadas. Ficaram também inundadas duas escolas, sete centros de saúde e um imóvel religioso.
Faustino Minguês alertou para a iminência de enchimento e transbordo de várias bacias de retenção de águas da chuva na província e o alagamento da maior parte das ruas secundárias e terciárias, o que pode causar ainda mais dificuldades ao trânsito de pessoas e viaturas.
A estação da Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE) no município do Cazenga, foi atingida por um raio, cuja queda provocou prejuízos materiais na casa das máquinas e deixou várias zonas privadas do fornecimento de energia eléctrica.
O porta-voz Faustino Minguês assegurou que o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros e as unidades técnicas municipais abriram valas para a rápida evacuação das águas e limparam sarjetas, colectores e valas de drenagem. Na província de Luanda vivem mais de seis milhões de pessoas, a maioria das quais nos municípios de Luanda, Belas, Talatona, Kilamba Kiaxi, Cazenga, Viana, Cacuaco, Icolo e Bengo e Quiçama.
Construção em áreas de risco
Os moradores do distrito urbano da Maianga, município de Luanda, foram ontem avisados, pelo administrador adjunto para a área do Urbanismo, Serviços Técnicos e Infra-estruturas, de que não devem construir ao longo e por cima das linhas de água.
Pedro Calunga, que falava à Angop, disse que o alerta se deve à necessidade de uma maior prevenção sobretudo na época das chuvas. O responsável frisou que, na sequência da chuva de terça-feira, a Unidade Técnica ajuda com máquinas nos trabalhos de retirada das águas nas moradias que ficaram inundadas no distrito urbano da Maianga.
Os técnicos estão a desobstruir também valas, sarjetas, fossas, estradas secundárias e terciárias, que ficaram intransitáveis como resultado da chuva. Nos bairros Maianga, Cassequel, Prenda e Rocha Pinto, várias moradias ficaram inundadas e houve queda de árvores e desabamento de moradias, entre outros danos, mas sem o registo de vítimas.