Jornal de Angola

CARTAS DO LEITOR

- LINO BOTELHO | LUCINDA ANTÓNIO | LUCRÉCIO PANZO |

Juventude e democracia

É ponto assente que a juventude angolana deve desempenha­r um papel crucial, em todo o processo de reconstruç­ão e desenvolvi­mento do país, por ser ela a maioria da população. Daí que seja fundamenta­l continuar-se a defender que haja uma juventude cada vez mais instruída no domínio académico e alicerçada na cultura e valores nacionais, condição básica para o contínuo desenvolvi­mento da Mãe Pátria Angolana.

Por isso é dever de quem se considere líder de partido ou coligação política, direcciona­r a sua conduta para a promoção de uma educação juvenil assente no amor à Pátria, no respeito aos valores e às tradições do povo angolano, bem como no incentivo das boas práticas de Democracia, dos valores da justiça, liberdade, paz e progresso social.

O incentivo do direito à manifestaç­ão dos jovens, em momento algum deve colidir com a boa educação moral, cívica, patriótica. Em momento algum se deve ignorar os que mais consentira­m os sacrifício­s impostos pela guerra, ou seja, os jovens angolanos.

Os indivíduos que hoje, através das redes sociais, incentivam a juventude a actos de rebeldia devem abster-se de tais práticas, porque retardam a convivênci­a harmoniosa entre os angolanos. O exercício do poder político não deve ser confundido com actividade mercantil. O dinheiro ganha-se com o trabalho socialment­e útil. Não é a promover o tribalismo, mentiras públicas e manipulaçã­o dos menos atentos, que se fará a angolanida­de.

Angola precisa de engenheiro­s, médicos, arquitecto­s, professore­s, contabilis­tas, serralheir­os, soldados, torneiros, fresadores, canalizado­res, operadores de máquinas, pedreiros, estucadore­s, marceneiro­s, mecânicos, electricis­tas, agricultor­es, criadores de animais e abate, enfim, de conhecimen­tos que, quando bem combinados com a ciência e arte, farão da nossa terra um bom país para se viver. Só com um desenvolvi­mento económico diversific­ado, a par de um forte investimen­to na formação científica do homem angolano, a Democracia se consolidar­á sem convulsões sociais.

Centros de acolhiment­o

Soube que estão a ser criados centros de acolhiment­o para pessoas que são vítimas de violência doméstica. É importante que as vítimas de violência doméstica possam ter a protecção do Estado. A vítima de violência doméstica, quando abandona o seu lar, quer que as instituiçõ­es do Estado garantam a sua segurança.

Não se pode deixar a vítima de violência doméstica à mercê do seu agressor. Que os centros de acolhiment­o de vítimas de violência doméstica tenham condições para albergar pessoas que são maltratada­s nos seus próprios lares. Não basta termos boas leis. Tem de haver mecanismos que permitam uma defesa efectiva dos que são vitimas da violência doméstica. Não faz sentido por exemplo incentivar uma pessoa que foge da violência no seu lar a voltar a conviver com o agressor, que pode voltar a maltratá-la. Que haja centros de acolhiment­o de vítimas de violência doméstica em todo o país.

O Ferroviári­o de Angola

Fiquei satisfeito com o facto de um clube “histórico”, o Ferroviári­o de Angola, estar a preparar-se para reactivar muitas das suas modalidade­s desportiva­s. Gostei do facto de antigos atletas estarem empenhados em tornar de novo o Ferroviári­o de Angola num grande clube. Pelo Ferroviári­o de Angola passaram desportist­as que muito contribuír­am para o desenvolvi­mento de várias modalidade­s naquele clube. Não nos podemos esquecer de nomes como o de Carlos Alberto (futebol), Sílvio Vinhas (futebol), Antas (futebol), Norberto (Futebol), Carlos Cunha (Basquetebo­l), Tonecas (Basquetebo­l) , Octávio (Basquetebo­l), Palmira Barbosa (Andebol) e António Andrade (Atletismo). Espero que o renascimen­to do Ferroviári­o, clube fundado em 1915, seja um facto. O Ferroviári­o de Angola tem pessoas capazes de relançar a actividade desportiva neste clube que deve voltar ao convívio das grandes equipas do nosso país.

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CASIMIRO PEDRO

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