CARTAS DO LEITOR
Juventude e democracia
É ponto assente que a juventude angolana deve desempenhar um papel crucial, em todo o processo de reconstrução e desenvolvimento do país, por ser ela a maioria da população. Daí que seja fundamental continuar-se a defender que haja uma juventude cada vez mais instruída no domínio académico e alicerçada na cultura e valores nacionais, condição básica para o contínuo desenvolvimento da Mãe Pátria Angolana.
Por isso é dever de quem se considere líder de partido ou coligação política, direccionar a sua conduta para a promoção de uma educação juvenil assente no amor à Pátria, no respeito aos valores e às tradições do povo angolano, bem como no incentivo das boas práticas de Democracia, dos valores da justiça, liberdade, paz e progresso social.
O incentivo do direito à manifestação dos jovens, em momento algum deve colidir com a boa educação moral, cívica, patriótica. Em momento algum se deve ignorar os que mais consentiram os sacrifícios impostos pela guerra, ou seja, os jovens angolanos.
Os indivíduos que hoje, através das redes sociais, incentivam a juventude a actos de rebeldia devem abster-se de tais práticas, porque retardam a convivência harmoniosa entre os angolanos. O exercício do poder político não deve ser confundido com actividade mercantil. O dinheiro ganha-se com o trabalho socialmente útil. Não é a promover o tribalismo, mentiras públicas e manipulação dos menos atentos, que se fará a angolanidade.
Angola precisa de engenheiros, médicos, arquitectos, professores, contabilistas, serralheiros, soldados, torneiros, fresadores, canalizadores, operadores de máquinas, pedreiros, estucadores, marceneiros, mecânicos, electricistas, agricultores, criadores de animais e abate, enfim, de conhecimentos que, quando bem combinados com a ciência e arte, farão da nossa terra um bom país para se viver. Só com um desenvolvimento económico diversificado, a par de um forte investimento na formação científica do homem angolano, a Democracia se consolidará sem convulsões sociais.
Centros de acolhimento
Soube que estão a ser criados centros de acolhimento para pessoas que são vítimas de violência doméstica. É importante que as vítimas de violência doméstica possam ter a protecção do Estado. A vítima de violência doméstica, quando abandona o seu lar, quer que as instituições do Estado garantam a sua segurança.
Não se pode deixar a vítima de violência doméstica à mercê do seu agressor. Que os centros de acolhimento de vítimas de violência doméstica tenham condições para albergar pessoas que são maltratadas nos seus próprios lares. Não basta termos boas leis. Tem de haver mecanismos que permitam uma defesa efectiva dos que são vitimas da violência doméstica. Não faz sentido por exemplo incentivar uma pessoa que foge da violência no seu lar a voltar a conviver com o agressor, que pode voltar a maltratá-la. Que haja centros de acolhimento de vítimas de violência doméstica em todo o país.
O Ferroviário de Angola
Fiquei satisfeito com o facto de um clube “histórico”, o Ferroviário de Angola, estar a preparar-se para reactivar muitas das suas modalidades desportivas. Gostei do facto de antigos atletas estarem empenhados em tornar de novo o Ferroviário de Angola num grande clube. Pelo Ferroviário de Angola passaram desportistas que muito contribuíram para o desenvolvimento de várias modalidades naquele clube. Não nos podemos esquecer de nomes como o de Carlos Alberto (futebol), Sílvio Vinhas (futebol), Antas (futebol), Norberto (Futebol), Carlos Cunha (Basquetebol), Tonecas (Basquetebol) , Octávio (Basquetebol), Palmira Barbosa (Andebol) e António Andrade (Atletismo). Espero que o renascimento do Ferroviário, clube fundado em 1915, seja um facto. O Ferroviário de Angola tem pessoas capazes de relançar a actividade desportiva neste clube que deve voltar ao convívio das grandes equipas do nosso país.