Parlamento retoma actividade após ataque terrorista
REINO UNIDO EM CHOQUE Britânico com ligações à violência extrema cometeu o ataque no centro de Londres
O Parlamento britânico retomou ontem a sua actividade com um minuto de silêncio em memória das vítimas do atentado ocorrido quarta-feira nas suas imediações e que causou cinco mortos e 40 feridos.
Tanto no interior quanto no exterior do recinto, polícias, parlamentares e cidadãos participaram do minuto de silêncio, menos de 24 horas depois de um homem atropelar pedestres perto do Big Ben e depois esfaquear até à morte um agente da polícia que protegia o Parlamento, antes de ser abatido. A Polícia Metropolitana de Londres (Met) anunciou a detenção de oito suspeitos vinculados com o atentado perpetrado em Westminster.
A Scotland Yard (Polícia britânica), que previamente tinha informado de sete detenções, actualizou o número de detidos pelos agentes armados que realizaram de madrugada buscas em seis direcções de Londres, Birmingham e outros pontos do país, como parte da investigação para esclarecer o ocorrido. Um apartamento de Birmingham no qual supostamente vivia o terrorista, segundo os media britânicos, também foi alvo de vistoria.
No ataque, o agressor atropelou transeuntes na Ponte de Westminster - três dos quais faleceram - para posteriormente apunhalar mortalmente um polícia que tentou impedi-lo na entrada do Parlamento britânico, antes de ser finalmente morto a tiro pelas forças da ordem.
Apesar da identidade do terrorista não ter sido revelada pela Met, sabese que o homem era de nacionalidade britânica, conhecido pelos serviços secretos e com vínculos com a violência extrema, confirmou a primeira-ministra britânica, Theresa May, perante os Comuns.Os agentes investigam agora qual foi a sua motivação para cometer o atentado, assim como os preparativos e se teve cúmplices.
O chefe da unidade antiterrorista da Polícia, Mark Rowley, disse que não foram detectados indícios que apontassem para “novas ameaças” terroristas no Reino Unido.
Mundo expressa condolências
Vários líderes e personalidades de todo o mundo condenaram ontem o ataque terrorista no centro de Londres e expressam profundo pesar pela morte de pessoas inocentes. O Presidente russo, Vladimir Putin, enviou condolências ao Governo do Reino Unido pelos atentados de quarta-feira e defendeu a unidade internacional para lutar contra o terrorismo.
“As forças do terror são cada vez mais malvadas e cínicas. É evidente que fazer frente à ameaça terrorista requer uma unidade real dos esforços de todos os membros da comunidade internacional”, afirmou Putin, segundo o serviço de imprensa do Kremlin.
Na mensagem dirigida à primeira-ministra britânica, Theresa May, o líder russo expressa o seu apoio aos familiares das vítimas e deseja uma pronta recuperação aos feridos.
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, expressou as suas condolências às vítimas do “imperdoável” atentado e encorajou as autoridades britânicas a prosseguirem na luta contra o terror. “Gostaria de endereçar as minhas condolências pelas vítimas e o meu apoio aos que ficaram feridos”, afirmou Abe, em declarações reproduzidas pela televisão pública NHK.
“O Japão vai continuar a cooperar com o Reino Unido e com a comunidade internacional na luta contra o terrorismo”, realçou, transmitindo o seu firme apoio ao Governo da primeira-ministra britânica, Theresa May.
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, repudiou o ataque terrorista de Westminster, em Londres, numa mensagem difundida através da rede social Tweeter afirmando que o Reino Unido é um aliado na luta contra o terrorismo.
“Demonstramos solidariedade para com o Reino Unido, aliado e amigo contra o terrorismo: a maior ameaça contra a paz e a segurança global”, afirma Erdogan na sua mensagem.
Na quarta-feira, hora antes do atentado de Londres, Erdogan dizia a um grupo de jornalistas em Ancara que os cidadãos europeus “não vão poder sair às ruas em paz” ao criticar o “comportamento da Europa” em relação aos membros do Governo da Turquia impedidos de participar em comícios a favor da revisão constitucional turca, nomeadamente na Holanda.
Na mensagem divulgada ontem, o Presidente turco afirma que o povo e Governo da Turquia “compartilha a dor do Reino Unido” referindo-se ao atentado terrorista ocorrido nas imediações do Parlamento britânico.