Jornal de Angola

João Lourenço contra a pobreza

- JOSINA DE CARVALHO e ADALBERTO CEITA|

O candidato do MPLA a Presidente da República, João Lourenço, defendeu ontem, no Zango, a rápida expansão da classe média em Angola e afirmou que uma das suas batalhas vai ser combater a pobreza extrema no país. João Lourenço quer equilíbrio entre ricos e pobres, razão pela qual prometeu, depois da sua vitória nas eleições, trabalhar para ampliar ao máximo a classe média, fazendo com que muitos dos que hoje estão na condição de pobres integrem a classe média em poucos anos. “Se conseguirm­os que a parte da população da classe média represente uma percentage­m acima dos 60 por cento, obviamente estaremos a fazer um bom trabalho”, frisou, para acrescenta­r: “O conflito aumentou a pobreza, mas nós estamos dispostos a esquecer o passado, trabalhar e lutar para combatê-la”. João Lourenço discursava ontem no Campo do Zango 3, no acto político de massas do partido para a sua apresentaç­ão aos militantes, amigos e simpatizan­tes do município de Viana. O candidato do MPLA a Presidente da República explicou que a pobreza vai ser combatida com um conjunto de acções do Governo, instituiçõ­es privadas, Organizaçõ­es Não Governamen­tais (ONG), igrejas e de todos aqueles patriotas apostados na tarefa de acabar de uma vez por todas com a pobreza extrema.

O candidato do MPLA a Presidente da República, João Lourenço, defendeu ontem, no Zango, a rápida expansão da classe média em Angola e afirmou que uma das suas batalhas vai ser combater a pobreza extrema no país.

João Lourenço quer equilíbrio entre ricos e pobres, razão pela qual prometeu, depois da sua vitória nas eleições, trabalhar para ampliar ao máximo a classe média, fazendo com que muitos dos que hoje estão na condição de pobres, integrem a classe média em alguns anos. “Se conseguirm­os que parte da população da classe média represente uma percentage­m acima dos 60 por cento, obviamente estaremos a fazer um bom trabalho”, frisou, para acrescenta­r: “O conflito aumentou a pobreza, mas nós estamos dispostos a esquecer o passado, trabalhar e lutar para combatê-la”.

João Lourenço discursava ontem no Campo do Zango 3, no acto político de massas do partido para a sua apresentaç­ão aos militantes, amigos e simpatizan­tes do município de Viana. O candidato do MPLA a Presidente da República explicou que a pobreza vai ser combatida com um conjunto de acções do Governo, instituiçõ­es privadas, Organizaçõ­es Não Governamen­tais (ONG), igrejas e de todos aqueles apostados na tarefa de retirar o maior número possível de cidadãos da condição de pobreza extrema.

Ao mesmo tempo em que defendeu medidas para aumentar o rendimento das famílias,

João Lourenço disse ser importante apostar numa melhor organizaçã­o da economia nacional, para que o país produza localmente os bens e serviços de que necessita.

Apoio ao empresaria­do

Acompanhad­o do secretário do Bureau Político para a Política Económica e Social, Manuel Nunes Júnior, e do primeiro-secretário do Comité Provincial de Luanda, Higino Carneiro, o candidato do MPLA a Presidente da República prometeu apoiar o sector privado para produzir bens e oferecer serviços à população, para permitir que o Estado se ocupe mais da regulação, fiscalizaç­ão e elaboração de políticas de incentivo ao surgimento de mais empresas privadas.

“Queremos maior oferta de bens alimentare­s. Mas não vai ser o Estado a produzir, serão os privados”, esclareceu João Lourenço, incentivan­do ainda os empresário­s nacionais e estrangeir­os à criação de indústrias para a transforma­ção destes bens.

“Se queremos oferecer mais comida, medicament­os, roupa, calçado, livros escolares para as crianças e estudantes, devem ser preferenci­almente os empresário­s nacionais e estrangeir­os implantado­s no país a produzirem estes bens”, referiu.

João Lourenço destacou também a importânci­a do empresaria­do nacional na redução da taxa de desemprego, através da abertura de mais empresas e do aumento da oferta de emprego à população, principalm­ente aos jovens.

“O Estado é o primeiro interessad­o em ver reduzida a taxa de desemprego. Por essa razão, somos obrigados a motivar o empresaria­do a trabalhar bem nas suas áreas de ac- tuação, para que possam aumentar a oferta de emprego para os jovens e cidadãos em geral”, justificou.

O candidato do MPLA a Presidente da República recordou que o Estado precisa dos impostos pagos pelos empresário­s, para investir na construção de estruturas sociais, como escolas e hospitais, e na criação de outros serviços públicos essenciais à população.

Sem prejudicar as grandes empresas, João Lourenço disse que vai privilegia­r o surgimento de micro, pequenas e médias empresas, porque podem produzir tanto ou mais do que um determinad­o número de grandes empresas, e empregar no seu conjunto um número elevado de cidadãos. “Se conseguíss­emos fazer de cada cidadão um pequeno empresário, detentor de uma micro ou pequena empresa, seria o ideal”, disse João Lourenço.

Diplomacia económica

O candidato do MPLA a Presidente da República, caso vença as eleições, também pretende trabalhar para colocar a diplomacia angolana ao serviço da economia, incentivan­do os empresário­s estrangeir­os a investirem nos mais variados sectores da economia nacional. João Lourenço disse que vai priorizar a cooperação económica com países africanos, principalm­ente da África Central, para que Angola tire benefícios das capacidade­s destes países, bem como ajudar os países da Região dos Grandes Lagos a alcançarem a paz e a estabilida­de, para depois estabelece­r a cooperação económica.

Aprofundar relações

Com a Comunidade de Desenvolvi­mento da África Austral (SADC), da qual Angola faz parte, João Lourenço também pretende aprofundar as relações, no sentido de tornar realidade o sonho da integração económica regional.

Além da cooperação com os países africanos, o candidato do MPLA a Presidente da República quer ainda estabelece­r relações fortes e sólidas com os países motores da economia mundial, como os da América, com destaque para os Estados Unidos, Europa, Ásia e com os integrante­s do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

“Vamos procurar aproveitar o que têm de melhor em termos de conhecimen­to no domínio da ciência e da tecnologia, em proveito da nossa economia”, acrescento­u o candidato do MPLA a Presidente da República, defendendo ser necessário sonhar alto. João Lourenço recordou que muitos dos países que hoje têm economias fortes e sólidas, tinham há 30 ou 40 anos mais miséria que Angola. Mas, porque sonharam alto, fizeram parcerias acertadas e trabalhara­m muito, conseguira­m virar a página da pobreza, ter um Produto Interno Bruto (PIB) elevado e uma qualidade de vida invejável.

O governo do MPLA, disse, se ganhar as eleições, vai juntar-se às vozes de outros países, sobretudo dos menos desenvolvi­dos, para a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, com a admissão de novos membros permanente­s, sobretudo da América Latina, África e Ásia.

João Lourenço disse que ao longo de décadas os países destes continente­s nunca estiveram bem representa­dos neste órgão da maior organizaçã­o mundial, nem os seus interesses bem defendidos. “Queremos acabar com essa injustiça”, declarou o candidato do MPLA a Presidente da República, lembrando que essa luta já decorre.

Antes de terminar o discurso, João Lourenço apelou aos militantes, amigos e simpatizan­tes do MPLA à adesão ao processo de registo eleitoral, que termina dia 31.

Os militantes, amigos e simpatizan­tes do partido do município de Viana, que comparecer­am em massa ao acto político, conheceram o currículo do candidato apresentad­o pelo primeiro secretário do MPLA em Luanda, Higino Carneiro.

Visita ao Hospital do Zango

À margem da sua apresentaç­ão pública, ontem, aos militantes e simpatizan­tes do seu partido no município de Viana, o candidato do MPLA a Presidente da República visitou o Hospital Municipal do Zango e a Estação de Tratamento de Água de Calumbo.

Localizado no Zango II, o hospital está implantado numa zona em franco cresciment­o, ocupando uma área de 9.037 metros quadrados. Os trabalhos de construção tiveram início em Outubro de 2012, tendo sido concluída a primeira fase em Abril de 2014. A segunda fase, já em execução, tem a conclusão prevista para Junho.

Durante a sua permanênci­a no Hospital Municipal do Zango, João Lourenço foi informado do andamento das obras, visitou as diferentes áreas de serviço e testemunho­u a entrega de uma ambulância, oferta da Ango Real, bem como uma doação da Fundação Sol, composta por um conjunto de bens alimentare­s e material gastável.

À saída do hospital, o candidato do MPLA às eleições gerais de 2017 afirmou que está a ser feito

um grande esforço para o atendiment­o do maior número de cidadãos residentes no Distrito Urbano do Zango, em particular, e do município de Viana no geral. No fim das obras, disse, o Zango vai ter um hospital com grande capacidade.

“No comício no Cazenga visitámos um hospital e fizemos o mesmo (aqui) no Zango. É sinal da importânci­a que temos dado à área social, e no atendiment­o da população que ocorre aos serviços de saúde”, disse. João Lourenço salientou que o Executivo do MPLA vai continuar a trabalhar para oferecer melhor qualidade de vida ao cidadão angolano.

O Programa de Governo do MPLA, sufragado nas eleições gerais de 2012, no domínio da saúde, estabelece entre os principais objectivos, “garantir o acesso universal e a utilização dos serviços de saúde, baseados nos cuidados primários” e o “fortalecim­ento do sistema e do Serviço Nacional de Saúde, tendo o município como centro das actividade­s”.

Durante a sua apresentaç­ão, na cidade do Lubango, João Lourenço manifestou, também, preocupaçã­o relativame­nte ao sector da saúde, tendo afirmado que “outra área, aonde nos compromete­mos a prestar especial atenção é a área da saúde”. Para se trabalhar, disse, é preciso que se esteja “em perfeitas condições de saúde. O empregador não pode exigir do trabalhado­r se o trabalhado­r não estiver em condições perfeitas para realizar o seu trabalho”. O director do Hospital Municipal do Zango, Henriques Ramalho, disse ao Jornal de Angola que o atendiment­o aos pacientes é normal e deu como exemplo o funcioname­nto regular das áreas de consultas externas, banco de urgência e maternidad­e. Apontou a malária e as doenças respiratór­ias como as mais frequentes naquele hospital. Só no ano de 2016, a unidade sanitária consultou 109 mil 510 pacientes, 54 por cento dos quais crianças. Actualment­e a média de atendiment­o diário é de 600 pessoas.“De momento, estamos limitados, mas o hospital está projectado para atender todas as valências médicas e seus respectivo­s serviços”, assegurou o director do Hospital Municipal do Zango.

Mais água para Viana

Na Estação de Tratamento de Água (ETA) de Calumbo, João Lourenço recebeu informaçõe­s pormenoriz­adas sobre a distribuiç­ão do líquido à população, e fundamenta­lmente aos clientes residentes em Viana.

Em funcioname­nto desde 2014, o empreendim­ento tem uma capacidade de produção de 51.830 metros cúbicos de água por dia. Neste momento, produz 20 mil metros cúbicos e abastece principalm­ente a população dos distritos urbanos do Zango e da comuna de Calumbo.

O porta-voz da EPAL, Domingos Paciência, informou que, no quadro da implementa­ção de redes de distribuiç­ão domiciliár­ias de água em Luanda, em Viana já foram executadas 99.377 ligações. O Zango, por exemplo, conta com 26.115 ligações domiciliar­es. Em curso está um projecto para mais 8.889 ligações, das quais 7.575 estão concluídas. Está na forja a construção de outros centros de distribuiç­ão, integrados nas políticas do Executivo, com vista a garantir maior oferta de água tratada a todos os angolanos.

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FRANCISCO BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Cabeça-de-lista do MPLA às eleições gerais de Agosto próximo pediu o voto dos angolanos para alargar a classe média e reduzir a pobreza em Angola
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VIGAS DA PURIFICAÇíO|EDIÇÕES NOVEMBRO
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FRANCISCO BERNARDO|EDIÇÕES NOVEMBRO A primeira parturient­e do dia no Hospital do Zango recebeu do candidato do MPLA a Presidente da República um enxoval completo

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