China financia projectos
O embaixador da República Popular da China em Angola, Cui Aimin, reiterou, no Dundo, a disponibilidade do seu país em financiar vários projectos nas áreas de infraestruturas, indústria, agricultura, saúde e educação na província da Lunda Norte.
Cui Aimin, que visitou a província da Lunda Norte, disse que no total são mais de 180 projectos a serem executados nos próximos meses no país, que correspondem ao valor de 10 mil milhões de dólares.
Estes investimentos, disse o embaixador chinês, vão impulsionar o desenvolvimento de Angola e ajudar a ultrapassar as dificuldades económicas e melhorar a qualidade de vida dos angolanos.
Falando aos membros do governo provincial, o diplomata chinês referiu que foi à Lunda Norte para explorar a viabilidade das áreas de cooperação entre as empresas de algumas províncias da China e o governo provincial e acordar as linhas de força para o estabelecimento da relação de geminação entre diferentes províncias do seu país e de Angola.
Cui Aimin lembrou que, no segundo semestre do ano passado, foram assinados acordos de financiamento de mais de 8,5 mil milhões de dólares e nos primeiros meses deste ano foram também rubricados contratos de financiamento no valor de 8 mil milhões de dólares. Com estes financiamentos, indicou, é possível ampliar o espaço de desenvolvimento, evitando a concentração de investimentos a nível do Governo central, o que vai permitir abrir uma nova porta de cooperação.
“As empresas chinesas não devem apenas concentrar-se nas áreas de infra-estruturas, também devem prestar atenção ao desenvolvimento de outras áreas, investindo na indústria, agricultura, saúde e educação”, frisou. O embaixador referiu que está a ser criado um novo contexto nas relações de cooperação Angola-China, com o desenvolvimento de actividades pragmáticas de investimento, aproveitando-se os recursos das empresas, as acções e o dinamismo de investimentos para impulsionar a cooperação.
O diplomata considerou que a cooperação Angola-China tem uma oportunidade histórica e muito rara, devido principalmente ao encontro realizado em 2015 entre os Presidentes angolano e chinês, que chegaram a importantes acordos, cuja materialização está a ser acelerada pelos departamentos competentes dos dois países. A outra razão que impulsiona a cooperação com Angola, disse, é a reestruturação económica que os dois países enfrentam.