Jornal de Angola

Governo quer lei marcial

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O Presidente filipino, Rodrigo Duterte, advertiu que pode impor a lei marcial e suspender as eleições distritais dentro da sua estratégia de combate à droga, apontada como o maior mal que prejudica o desenvolvi­mento do país.

Rodrigo Duterte explicou que está a considerar as duas medidas como parte da sua campanha para acabar com as drogas e a criminalid­ade organizada. A lei marcial, segundo o Presidente, permite solucionar outras ameaças à segurança nacional.

“Se decretar a lei marcial, posso estar em condições de acabar com todos os problemas e não apenas com o problema das drogas”, disse Rodrigo Duterte em conferênci­a de imprensa no seu regresso da Tailândia, país governado por uma junta militar. A lei marcial, prosseguiu, permite criar tribunais militares para julgar os casos de terrorismo. “Permitirei ao Exército que os julgue e os execute na forca”, disse o Presidente filipino sobre os extremista­s islâmicos do sul do arquipélag­o. Desde a vitória nas eleições presidenci­ais de 2016, Rodrigo Duterte envia sinais contraditó­rios sobre a instauraçã­o de um eventual regime de excepção. A questão é extremamen­te sensível no país, que ainda tenta consolidar a democracia três décadas depois da “revolução do poder do povo”, que acabou com a ditadura de Ferdinando Marcos.

Contra a narcopolít­ica

A lei marcial foi decretada em 1972 com o pretexto de combater a “ameaça comunista”. O estado de emergência prosseguiu em vigor até 1981 e o regime ditatorial continuou até à queda de Ferdinando Marcos, em 1986. No passado, o actual Presidente Rodrigo Duterte mostrou-se disposto a desafiar os limites constituci­onais para depois minimizar os seus propósitos.

Na quinta-feira, Rodrigo Duderte insistiu na necessidad­e deste tipo de regime, explicando que está em jogo evitar a desagregaç­ão das Filipinas, e revelou que pretende nomear outros dirigentes.

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