Aposta na formação dos profissionais
José Cola reeleito ontem para mais um mandato de cinco anos
Os fotógrafos e operadores de câmara do país vão ser submetidos a formação nas respectivas áreas de especialidade, de modo a serem dotados das ferramentas modernas essenciais para a melhoria do seu desempenho profissional.
O anúncio foi feito ontem, em Luanda, pelo presidente da Associação dos Repórteres de Imagem de Angola (ARIA) durante a assembleia geral de renovação de mandatos, que culminou com a sua reeleição para mais um mandato de cinco anos.
José Cola justificou a aposta na formação por se verificarem ainda dificuldades na captação de imagens paradas e em movimento. “Só com formação é possível ultrapassar as lacunas e melhorar o trabalho em prol do desenvolvimento da sociedade, que está cada vez mais exigente”, disse.
Para o novo mandato, a direcção da ARIA aposta na valorização do repórter de imagem e pretende ver melhorados os salários dos profissionais, comparativamente aos dos jornalistas. “Se os dois profissionais fazem o mesmo trabalho, merecem a mesma compensação salarial”, defende José Cola.
Fazem ainda parte dos projectos da associação a parceria com associações congéneres de Portugal, São Tomé e Príncipe e China, visando a troca de experiências e a obtenção de máquinas fotográficas e câmaras de filmar.
A ARIA vai ainda trabalhar no sentido de fotografar as dezoito províncias do país, e, com as imagens, fazer álbuns que deverão ser entregues ao Ministério das Relações Exteriores com a proposta de serem distribuídos às embaixadas do país. O objectivo, segundo José Cola, é levar além fronteiras a imagem do desenvolvimento de Angola. Acapacitação dos membros para participarem em fóruns internacionais sobre imagem consta igualmente dos desafios do presidente reeleito da Associação dos Repórteres de Imagem de Angola.
Segundo o presidente da comissão eleitoral, Tarciso Vilela, José Cola foi reeleito presidente da Associação dos Repórteres de Imagem de Angola com 182 votos a favor, nenhum contra e nenhuma abstenção pelos associados das dezoito províncias do país. Antes, os membros aprovaram, também por unanimidade, o relatório de contas do último mandato, que teve início em 2011.
AARIA, segundo José Cola, arrecadou, de 2011 até à presente data, acima de dois milhões de kwanzas, provenientes das quotas e outras contribuições dos membros da direcção e dos associados.
Foram eleitos, pela lista vencedora, Domingos Júnior, vice-presidente, Maria Diogo, vice-presidente para a área de finanças, e Maurício Makemba, secretário-geral.
A assembleia geral da ARIA foi antecedida de um fórum de discussão em que foram abordados os temas “A imagem como arte do desenvolvimento de Angola”, que teve como orador José Cola, e “O direito à imagem no ordenamento jurídico angolano”, introduzido pelo jurista Lino Guimarães.
Entre outras considerações, Lino Guimarães fez saber que os cidadãos que usam de forma errada e sem autorização a imagem de alguém, pode incorrer numa acção judicial com base no artigo 407 da Constituição. O palestrante frisou que o direito à imagem está salvaguardado por lei, mesmo depois da morte. “Quando se usa de forma indevida uma imagem de uma pessoa já falecida, o Código Penal estabelece uma moldura penal de até oito anos de prisão”, disse.
O presidente da ARIA, José Cola, fez saber que a sua organização vai pretende formar perto de 500 alunos da Escola Polivalente Profissional Formigas do Futuro, do Cazenga, pertencente à organização não governamental ADPP.
Alunos do curso básico de assistentes de informação e comunicação social desta escola e estudantes do curso médio de jornalismo do Instituto Médio de Economia de Luanda participaram na palestra.