Enchentes marcam os últimos dias do registo
A três dias do fim do processo de actualização e registo eleitoral os postos têm registado um aglomerado de pessoas, com a intenção de procederem ao seu dever cívico, para não ficarem de fora nas eleições deste ano. Ontem, por exemplo, até às 12 horas, o posto LDA- Ing.0501, já havia actualizado perto de 50 cartões e registava um fluxo maior do que nos dias anteriores. Localizado na administração do distrito Urbano da Ingombota, realiza nos últimos dias cerca de 150 actualizações. Grande parte das solicitações tem a ver com pedidos de 2ª via.
Ruben Mendonça, responsável do primeiro posto do distrito urbano da Ingombota, disse que são dos mais os homens que afluem ao local. Sem precisar o número de registos efectuados desde o início do processo, no dia 25 de Agosto, Ruben Mendonça esclarece que esta semana o posto vai estar aberto até sexta-feira e aconselha as pessoas que ainda não tenham feito actualização ou registo para se deslocarem ao posto mais próximo.
Localizado numa zona estratégica de Luanda, com instituições públicas, universidades e hotéis, o primeiro posto do distrito urbano da Ingombota favorece o contacto com potenciais eleitores. O posto abre às 8 horas da manhã e encerra às 17 horas. Os brigadistas trabalham até aos sábados, domingos e feriados.
Celestina Jamba é educadora cívica. No primeiro posto da Ingombota, ela ajuda na localização e encaminhamento de eleitores. Ontem, segunda-feira, e devido à afluência de pessoas, deixou a rua para se dedicar à impressão de cartões. A jovem dizse feliz com o trabalho que realiza, embora realce a enchente pouco vista nos meses anteriores. “Apesar da enchente, ficámos felizes pela prontidão dos cidadãos. Acho que foi um processo de massas, até pela mobilização que se fez”, contou.
Celestina garante que nenhum eleitor saía do posto sem o seu cartão. “Por incrível que pareça, hoje a máquina trabalhou mais do que nos outros dias, daí que leva um tempo para o seu processamento, sem faltar com a emissão do respectivo cartão, tanto para quem trata a segunda via, por extravio ou má conservação, como para os cidadãos que tratam pela primeira vez”, esclareceu.
Alexandre Marques tem 22 anos. É natural do Uíge e vive em Luanda há três meses. Ontem, também se deslocou ao posto para fazer o seu registo. Tinha apenas a cópia da cédula pessoal. Na falta dos documentos originais, os brigadistas aconselharam-no a procurar a comissão do seu bairro, para conseguir um atestado de residência ou ainda um familiar registado e que tenha o cartão e o Bilhete de Identidade.
Ruben Mendonça disse que situações como a de Alexandre Marques são frequentes no primeiro posto do distrito urbano da Ingombota, em que o procedimento é igual para todos. No caso particular de Alexandre, que alega que os seus amigos se registaram apenas com cópias de BI, Ruben Marques esclareceu: “O que aconteceu com os amigos de Alexandre é que eles já haviam sido registados nos processos anteriores. Neste caso, as pessoas só precisam de fazer actualização, bastando para o efeito que tenham uma cópia”.