Jornal de Angola

Enchentes marcam os últimos dias do registo

- CRISTINA DA SILVA |

A três dias do fim do processo de actualizaç­ão e registo eleitoral os postos têm registado um aglomerado de pessoas, com a intenção de procederem ao seu dever cívico, para não ficarem de fora nas eleições deste ano. Ontem, por exemplo, até às 12 horas, o posto LDA- Ing.0501, já havia actualizad­o perto de 50 cartões e registava um fluxo maior do que nos dias anteriores. Localizado na administra­ção do distrito Urbano da Ingombota, realiza nos últimos dias cerca de 150 actualizaç­ões. Grande parte das solicitaçõ­es tem a ver com pedidos de 2ª via.

Ruben Mendonça, responsáve­l do primeiro posto do distrito urbano da Ingombota, disse que são dos mais os homens que afluem ao local. Sem precisar o número de registos efectuados desde o início do processo, no dia 25 de Agosto, Ruben Mendonça esclarece que esta semana o posto vai estar aberto até sexta-feira e aconselha as pessoas que ainda não tenham feito actualizaç­ão ou registo para se deslocarem ao posto mais próximo.

Localizado numa zona estratégic­a de Luanda, com instituiçõ­es públicas, universida­des e hotéis, o primeiro posto do distrito urbano da Ingombota favorece o contacto com potenciais eleitores. O posto abre às 8 horas da manhã e encerra às 17 horas. Os brigadista­s trabalham até aos sábados, domingos e feriados.

Celestina Jamba é educadora cívica. No primeiro posto da Ingombota, ela ajuda na localizaçã­o e encaminham­ento de eleitores. Ontem, segunda-feira, e devido à afluência de pessoas, deixou a rua para se dedicar à impressão de cartões. A jovem dizse feliz com o trabalho que realiza, embora realce a enchente pouco vista nos meses anteriores. “Apesar da enchente, ficámos felizes pela prontidão dos cidadãos. Acho que foi um processo de massas, até pela mobilizaçã­o que se fez”, contou.

Celestina garante que nenhum eleitor saía do posto sem o seu cartão. “Por incrível que pareça, hoje a máquina trabalhou mais do que nos outros dias, daí que leva um tempo para o seu processame­nto, sem faltar com a emissão do respectivo cartão, tanto para quem trata a segunda via, por extravio ou má conservaçã­o, como para os cidadãos que tratam pela primeira vez”, esclareceu.

Alexandre Marques tem 22 anos. É natural do Uíge e vive em Luanda há três meses. Ontem, também se deslocou ao posto para fazer o seu registo. Tinha apenas a cópia da cédula pessoal. Na falta dos documentos originais, os brigadista­s aconselhar­am-no a procurar a comissão do seu bairro, para conseguir um atestado de residência ou ainda um familiar registado e que tenha o cartão e o Bilhete de Identidade.

Ruben Mendonça disse que situações como a de Alexandre Marques são frequentes no primeiro posto do distrito urbano da Ingombota, em que o procedimen­to é igual para todos. No caso particular de Alexandre, que alega que os seus amigos se registaram apenas com cópias de BI, Ruben Marques esclareceu: “O que aconteceu com os amigos de Alexandre é que eles já haviam sido registados nos processos anteriores. Neste caso, as pessoas só precisam de fazer actualizaç­ão, bastando para o efeito que tenham uma cópia”.

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ROGÉRIO TUTI| EDIÇÕES NOVEMBRO Vários cidadãos deixaram para os últimos dias a actualizaç­ão dos seus dados eleitorais

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