População com dificuldades para chegar a outras regiões
A ausência de transportes interprovinciais no município de Pango Aluquém, na província do Bengo, tem criado sérios transtornos aos funcionários públicos, privados, estudantes e camponeses que diariamente se deslocam à cidade de Caxito e vice-versa, revelou ontem o administrador daquela circunscrição.
José Sebastião Falo disse que a falta destas operadoras tem obstruído a vida sobretudo de funcionários e estudantes, muitos dos quais trabalham e estudam na cidade sede da província, o que, referiu, torna oneroso desembolsar, quase todos os dias, 1.500 ou por vezes dois mil deslocando-se de táxi.
O administrador municipal sublinhou que a população não tem outra alternativa, recordando que os únicos serviços que circulam em Pango Aluquém são os taxistas, vulgo candongueiros, que muitas vezes praticam preços exorbitantes na corrida diária.
Para atenuar a situação, prometeu estabelecer ainda este ano contactos com algumas operadoras em Luanda e no Bengo com vista a persuadi-las a estenderem os seus serviços na municipalidade e proporcionarem preços acessíveis à população. O taxista Joaquim de Matos, que diariamente faz o percurso Caxito-Pango Aluquém, disse à reportagem do Jornal de Angola que pela corrida cobra 1.500 kwanzas e, quando há pouca oferta destes serviços, aumenta a tarifa para dois mil. Reconheceu que a população tem encontrado dificuldades na sua movimentação diária, sobretudo os trabalhadores e estudantes que se deslocam à cidade de Caxito.
Uma das preocupações manifestadas pelo taxista Joaquim de Matos tem a ver com a falta de um posto de combustível na municipalidade, o que eleva os custos da sua aquisição no mercado informal.
O município de Pango Aluquém celebra no dia 1 de Abril 45 anos e as festas vão decorrer sob o lema “Unidos trabalhemos para o crescimento e desenvolvimento de Pango Aluquém”. A municipalidade conta com 6.571 habitantes que na sua maioria se dedica à agricultura.