Educação capacita gestores escolares
O Instituto Nacional de Formação de Quadros do Ministério da Educação realiza, desde ontem, em Luanda, uma formação destinada aos directores, subdirectores e coordenadores de cursos das escolas de magistério.
A formação realiza-se no âmbito da generalização da avaliação da qualidade dos cursos de formação inicial de professores do ensino secundário. A acção formativa conta com a participação de 44 gestores escolares das províncias de Luanda, Benguela, Cuanza-Sul, Namibe e Huila e visa capacita-los em metodologias para a realização da avaliação interna da qualidade dos cursos como Geografia, Física e Matemática, ministrados pelas escolas de magistério.
Os participantes aprofundam conhecimentos sobre o processo de avaliação da qualidade dos cursos ministrados nos magistérios, metodologias do processo de avaliação interna e metodologia de elaboração do relatório de avaliação interna.
O secretario de Estado para o Ensino Técnico e Profissional, Narciso Benedito, disse que a formação de professores de magistério responde a uma exigência politico/pedagógica. Do ponto de visto político disse, há uma orientação do Titular do Poder Executivo que resulta de uma constatação relativa a qualidade dos cursos ministrados nas escolas de formação de professores, sobre a qualidade da educação dada aos alunos nas escolas.
Narciso Benedito disse ser importantes olhar do ponto de vista pedagógico, o modelo de formação, o curriculum e as competências que os professores adquirem no processo da sua formação são as mais adequadas ou devem ser reavaliadas. “É no processo de repensar neste modelo de formação que devemos avaliar e é o que se esta a fazer, bem como da pertinência das aprendizagens dos alunos”, disse.
A directora do Instituto Nacional de Formação de Quadros do Ministério da Educação, Luísa Grilo, disse que todas as escolas de formação de professores vão fazer a avaliação da qualidade dos cursos que estão a ministrar. A formação, disse Luísa Grilo, visa identificar as lacunas que fazem com que os professores tenham dificuldades em trabalhar em algumas classes, pelo que foi desenhado um sistema de avaliação da qualidade do ensino.
Luísa Grilo sublinhou que a avaliação começa na escola e posteriormente vai contar com a intervenção de auditores externos, que vão aferir se o curso tem ou não a qualidade desejada.
Acrescentou que a avaliação vai permitir corrigir as insuficiências que se verificam na formação dos formadores.
Na província de Luanda, este ano está a ser avaliado o curso de Educação Física, ao passo que em Benguela, Cuanza Sul, Namibe e Huila estão a ser avaliados os cursos de Matemática, Física e Geografia.