Ministra defende melhor gestão da bacia do Cuvelai
A ministra do Ambiente, Fátima Jardim, defendeu na cidade de Ondjiva, província do Cunene, a criação de um programa de adaptação à bacia do Cuvelai, tendo em conta as sucessivas catástrofes naturais que se registam nos últimos anos na região.
Fátima Jardim, que falava no encontro com as autoridades da província depois de ter sobrevoado diferentes zonas submersas, disse ser necessária a materialização de um mecanismo de melhor gestão, utilização e preservação daquela bacia, que permita que as catástrofes tenham menos impacto na vida da população, da flora e da fauna.
“Identificamos o Cunene como uma província que, permanentemente, está ligada a eventos extremos climáticos. Ora seca, ora chuvas torrenciais. Os ciclos começam a ser cada vez mais curtos e isto tem afectado o desenvolvimento da região e, sobretudo, o bem-estar das populações e a vida no geral”, disse Fatima Jardim.
A ministra admitiu que o Cunene é uma província que deve merecer uma atenção particular, principalmente na concepção do programa integrado local de adaptação às alterações climáticas. A titular da pasta do Ambiente fez-se acompanhar de representantes em Angola de algumas organizações das Nações Unidas, como o PNUD, o Unicef, a FAO e o Banco Mundial, na qualidade de parceiros.
“A gestão da bacia do Cuvelai, sem um programa de adaptação, não seria ajustada e completa. Vamos agir no local para podermos conceber para esta província um programa integrado de adaptação para aquilo que hoje constatamos”, garantiu Fátima Jardim.
A ministra afirmou que a bacia do Cuvelai é uma das de maior referência em África e “todos nós devemos promover a sua proteção.”
Cunene vive desde 2009 catástrofes alternadas, ora cheias, ora seca. Há mais de uma semana, a província têm cheias extremas.