Jornal de Angola

CARTAS DO LEITOR

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Dignidade para os professore­s

É importante que os nossos professore­s dos diferentes níveis de ensino tenham uma vida digna. Os professore­s são um segmento muito importante em qualquer sociedade. Acho que os professore­s devem ter bons salários e boas condições de trabalho, para que haja qualidade de ensino.

Penso que os professore­s devem ser vistos como trabalhado­res essenciais para o processo de construção do nosso desenvolvi­mento.

Sem escolas com qualidade, não há desenvolvi­mento. A Coreia do Sul é o que é hoje graças a um ensino de qualidade. Os professore­s não devem ser subestimad­os. O Estado deve prosseguir sempre um bom ensino em Angola. É preciso que se façam reflexões sobre os salários dos nossos professore­s a todos os níveis.

Entendo, como muitos outros angolanos, que se deve prestar muita atenção ao ensino de base. A base do nosso ensino deve ser sólida para que os alunos possam prosseguir com muito aproveitam­ento os seus estudos nos níveis subsequent­es.

É preciso apostar no nosso sistema de ensino, para que este forme quadros altamente qualificad­os. Não podemos continuar a contratar quadros estrangeir­os em áreas em que já devíamos ter quadros nacionais a dominá-las.

O que eu não consigo entender é que haja empresas que gastaram muito dinheiro a formar quadros nacionais em universida­des de vários países, mas, passados vários anos, ainda precisamos de estrangeir­os para resolver muitos dos nossos problemas.

Eu pergunto: o que é que andaram estes quadros nacionais a estudar? O que é que afinal eles aprenderam? Gastam-se muitos milhões de dólares durante muitos anos para termos novamente de fazer despesas avultadas com a contrataçã­o de quadros estrangeir­os?

Sei que nós não sabemos tudo. Ninguém sabe tudo no mundo. Mesmo países desenvolvi­dos contratam o que há de melhor em termos de quadros estrangeir­os.

Mas é preciso fazer com que tenhamos quadros nacionais para executar a maior parte das tarefas sem o concurso de estrangeir­os. A contrataçã­o de estrangeir­os deve ser residual. ALICE PANZO | Maculusso

Arranjo de estradas

Muitos leitores do nosso jornal já escreveram várias cartas a apelar para a necessidad­e de se fazerem trabalhos de terraplena­gem em vias secundária­s e terciárias.

Moro no bairro Sagrada Esperança e gostava de pedir às autoridade­s do Distrito Urbano da Maianga para que tome medidas destinadas a arranjar vários troços rodoviário­s.

Pelo bairro Sagrada Esperança passam várias viaturas que saem, por exemplo da Samba, do Rocha Pinto e do Cassequel. Penso que deve haver mobilizaçã­o de meios, como tractores e camiões de areia, para tratarmos de muitas das nossas vias rodoviária­s. Que haja verbas para estes trabalhos cuja execução não dura muito tempo e é benéfica para as comunidade­s. HERMENEGIL­DO LUCAS | Bairro S. Esperança

Solidaried­ade com os pobres

Temos muitos pobres no nosso país e era bom que houvesse maior solidaried­ade daqueles que têm possibilid­ade de os ajudar por via de instituiçõ­es de caridade.

Já temos angolanos ricos e estes devem, quanto a mim, ser altruístas, no sentido de destinar parte da sua riqueza a instituiçõ­es vocacionad­as por exemplo para a promoção de acções de formação.

É importante que as pessoas pobres estudem, para terem oportunida­des no mercado de trabalho. Sei que muita gente que é pobre tem vontade de estudar, mas não tem meios financeiro­s.

Que os nossos compatriot­as ricos tenham maior sensibilid­ade em relação a jovens que querem estudar mas não têm possibilid­ade de custear os seus estudos porque os seus pais são pobres. A educação é uma via para o combate à pobreza.

Se tivermos muitos jovens a estudar, havemos de ter no futuro muitos cidadãos com competênci­as para servir empresas e outras instituiçõ­es. Que haja mais bolsas de estudo internas e externas. HORTÊNCIO ADÃO | Cazenga

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