Reguladores da aviação civil querem adopção do português

As autoridades reguladoras de aviação civil dos países de língua portuguesa querem que o Português passe a ser uma das línguas de trabalho na Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) e vão debater o assunto num encontro em Maputo.

A Comunidade das Autoridades de Aviação Civil Lusófona (CAACL) reúne-se entre hoje e quinta-feira numa reunião em que a presidência rotativa vai ser entregue por Moçambique a Portugal. O Português está entre os idiomas de trabalho nas Nações Unidas, mas ainda não tem o mesmo reconhecimento na ICAO, que é uma agência especializada da ONU, referiu João Abreu, presidente do Instituto de Aviação Civil de Moçambique.

“Somos obrigados a traduzir documentos para a nossa língua porque o direito civil nos nossos países obriga que os documentos estejam na língua oficial”, mas no processo de tradução há aspectos relativos ao conteúdo que se perdem, considerou Abreu, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).

A reunião vai servir para trocar experiências quanto ao “alinhamento dos regulamentos, normas e troca de experiências naquilo em que há debilidades de um lado e outro”.

Durante a presidência de Moçambique, a CAACL passou a integrar a área empresarial da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).