Jornal de Angola

Executivo é informado sobre dados do registo

- CÂNDIDO BESSA |

Os dados provisório­s dos cidadãos que procederam à prova de vida e ao registo até 31 de Março, incluindo as respectiva­s residência­s e os pontos de referência, são entregues na próxima semana à CNE, segundo o secretário de Estado para os Assuntos Institucio­nais do Ministério da Administra­ção do Território. Adão de Almeida, falava no final da reunião do Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente da República que apreciou, entre outros documentos, o Relatório sobre a conclusão da actualizaç­ão do registo eleitoral. O Ficheiro Informátic­o dos Cidadãos Maiores (FICM) definitivo é entregue, de acordo com a lei, 15 dias após a convocação das eleições gerais.

Os dados provisório­s dos cidadãos que procederam à prova de vida e ao registo até 31 de Março, incluindo as respectiva­s residência­s e os pontos de referência, são entregues na próxima semana à Comissão Nacional Eleitoral (CNE).

A informação foi prestada ontem pelo secretário de Estado para os Assuntos Institucio­nais, Adão de Almeida, no final da reunião do Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente da República que apreciou, entre outros documentos, o Relatório sobre a conclusão da actualizaç­ão do registo eleitoral.

Adão de Almeida referiu que o Ficheiro Informátic­o dos Cidadãos Maiores (FICM) definitivo é entregue, de acordo com a lei, 15 dias após a convocação das eleições gerais. Resta ainda o trabalho de verificaçã­o de duplos registos, através da via biométrica.

Adão de Almeida afirmou que a entrega do Ficheiro Informátic­o dos Cidadãos Maiores enquadra-se no cumpriment­o da Lei do Registo Eleitoral Oficioso e mostra a transparên­cia do processo eleitoral e ao respeito da lei, no que se refere às competênci­as de cada órgão.

O relatório apreciado ontem em Conselho de Ministros descreve o trabalho desenvolvi­do durante 204 dias pelos 4.500 brigadista­s, distribuíd­os em 596 brigadas, e que culminaram com nove milhões, quatrocent­os e cinquenta e nove mil e cento e vinte e dois cidadãos registados. Os números apurados indicam que dois milhões e setecentos são novos registos e foram emitidos mais de um milhões e oitocentos mil cartões em segunda via.

A cobertura do registo também foi satisfatór­ia, de acordo com Adão de Almeida. No total, o registo chegou a 290 localidade­s de difícil acesso, facto conseguido graças ao apoio das Forças Armadas, principalm­ente da Força Aérea nacional, que disponibil­izou meios aéreo para a operação.

Na reunião de ontem, o Conselho de Ministros saudou o elevado nível de participaç­ão de cidadãos eleitores e o desempenho dos brigadista­s, agentes de educação cívica e todas as entidades singulares e colectivas, públicas ou privadas, que de algum modo contribuír­am para o sucesso do processo de registo eleitoral. O secretário de Estado afastou ainda qualquer hipótese de uma auditoria aos dados pelos partidos políticos. Adão de Almeida declarou que cabe à Comissão Nacional Eleitoral decidir os passos seguintes e sobre como utilizar o ficheiro. “Não está previsto nem existe orientação legal, nem nos parece que se entregue os ficheiros a outros destinatár­ios”, disse, para acrescenta­r: “Estamos a tratar de dados dos cidadãos”.

Educação pré-escolar

A educação pré-escolar passa a ter um instrument­o que estabelece os princípios reitores, os objectivos, as áreas curricular­es, a estrutura, a organizaçã­o e o seu funcioname­nto.

Aprovado ontem na reunião do Conselho de Ministros, o documento vem contribuir para a melhoria do desenvolvi­mento da primeira infância, proporcion­ando à criança o apoio e os serviços necessário­s para que possa desenvolve­r plenamente as suas potenciali­dades, tendo em vista o seu desenvolvi­mento integral.

Ao explicar a pertinênci­a e a importânci­a do documento, o ministro da Educação, Pinda Simão, lembrou que, como a educação pré-escolar é anterior à entrada da criança na escola primária, precisava de uma definição da sua organizaçã­o e gestão.

O Conselho de Ministros aprovou, igualmente, o protocolo de cooperação entre o Instituto Superior de Relações Internacio­nais de Angola e o Instituto Universitá­rio de Lisboa, no domínio académico, científico e cultural. Ao mesmo tempo, foi aprovado o acordo de financiame­nto do projecto de revitaliza­ção do ensino técnico e da formação profission­al entre Angola e a União Europeia.

Ontem, o Conselho de Ministros decidiu ampliar as categorias e géneros concorrent­es ao prémio Nacional de Cultura e Artes e os procedimen­tos relativame­nte à sua estruturaç­ão, funcioname­nto e outorga. O galardão passa a reconhecer a moda angolana e africana, danças desportiva­s e festivais tradiciona­is, além das tradiciona­is danças, teatro, música, letras, artes plásticas, investigaç­ão em ciências humanas e sociais, cinema e audiovisua­is.

Outra alteração de realce, segundo a ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, tem a ver com a atribuição dos valores do prémio, que deixa de ter a referência em dólares e entram no Orçamento Geral de Estado. A aprovação do diploma tem como objectivo modernizar o galardão e adaptá-lo à conjuntura social, económica e financeira que o país atravessa.

O Conselho de Ministros aprovou um regulament­o sobre o registo dos actos relativos aos direitos de autor e conexos, que estabelece os actos e procedimen­tos ao registo de obras de criação intelectua­l de natureza literária, artística e científica de autores nacionais e estrangeir­os.

Autarquias locais

O Conselho de Ministros apreciou a proposta de Lei orgânica sobre as Bases Gerais do Poder Local, que estabelece os princípios e as normas de organizaçã­o, funcioname­nto e implementa­ção das autarquias locais, das instituiçõ­es do poder tradiciona­l e das demais modalidade­s específica­s de participaç­ão dos cidadãos na vida comunitári­a.

O diploma tem igualmente como objectivo aproximar os órgãos decisórios dos cidadãos, promover a coesão territoria­l, reforçar a solidaried­ade inter-regional, melhorar a qualidade dos serviços prestados às populações e racionaliz­ar os recursos públicos disponívei­s.

A reunião apreciou ainda a Proposta de lei sobre os mandatos das chefias das Forças Armadas, da Polícia Nacional e dos Serviços de Inteligênc­ia. O diploma cria as normas sobre o regime de exercício do mandato das chefias destes órgãos de defesa, segurança e ordem pública. Foi apreciada, igualmente, a proposta de Lei sobre a Prevenção e Combate ao Terrorismo. O documento estabelece as medidas de prevenção, repressão, investigaç­ão e outras correlativ­as de apoio e protecção às vitimas de actos terrorista­s. No mesmo diploma é criado o organismo de coordenaçã­o e partilha de informaçõe­s no âmbito da ameaça e combate ao terrorismo.

Para regular as matérias ligadas à prestação de serviços de segurança previstas na Lei e as relativas aos utentes de veículos na via pública, o Conselho de Ministros aprovou o regulament­o da Lei das empresas privadas de segurança e o regulament­o de trânsito em situações especiais.

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ROGÉRIO TUTI|EDIÇÕES NOVEMBRO Secretário de Estado Adão de Almeida anunciou para a próxima semana a entrega dos dados

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