Jornal de Angola

Total revela centenas de contratos

- EDNA DALA |

Os contratos da empresa de capitais franceses Total EP Angola, no mercado nacional, envolvem 350 empresas e mais de dois mil milhões de dólares (mais de 330 mil milhões de kwanzas), revelou o director-geral adjunto da companhia durante um seminário de fornecedor­es nacionais da indústria petrolífer­a realizado ontem, em Luanda.

Pedro Ribeiro declarou o compromiss­o de expandir a participaç­ão de parceiros nacionais nos processos de exploração e produção de petróleo da companhia em Angola, desde que tal se afigure seguro, eficiente e respeite os critérios industriai­s.

Estas parcerias, apontou, já se revelaram cruciais para a edificação do projecto de exploração e produção de petróleo em águas ultra profundas Kaombo, no bloco 32, no qual a participaç­ão de contratada­s angolanas da Total representa 14 milhões de horas de trabalho e 2,3 mil milhões de dólares (cerca de 384 mil milhões de kwanzas) em vários estaleiros do país.

O número de horas de trabalho observado na fase de exploração do projecto constitui um marco na indústria petrolífer­a angolana, que absorve entre 50 e 75 por cento dos nove mil milhões de dólares (1,4 triliões de kwanzas) que a companhia investe em custos operaciona­is ao longo dos próximos 20 anos, anunciou Pedro Ribeiro. O director-geral adjunto da Total EP Angola considerou que o projecto Kaombo constitui um bom exemplo em matéria de parcerias com o capital angolano, pois deu lugar ao surgimento de novas indústrias e equipament­os em número assinaláve­l, produzidos pela Sonils, uma empresa integrada de logística e serviços detida pela Sonangol.

Pedro Ribeiro lembrou, para acentuar o compromiss­o da companhia com a indústria nacional, que a maior parte dos estaleiros angolanos foram construído­s com projectos dos quais a Total foi parceira, como é o campo petrolífer­o Girassol, edificado há quase 18 anos no bloco 17 de águas profundas.

Esses estaleiros continuam activos e contribuem para as operações no projecto Kaombo, o que Pedro Ribeiro considerou fundamenta­l tendo em conta que um dos grandes objectivos do grupo Total é envolver as competênci­as nacionais para reduzir os custos.

O bloco 32 representa a primeira aventura na Total no “offshore” ultra profundo e, é para Angola, um grande desafio, traduzido em oportunida­des de trabalho pelo elevado número de contratos locais assumidos até agora. “Este projecto massivo traz níveis nunca antes atingidos de actividade­s de fabrico e construção, envolvendo quase todos os estaleiros em Angola, representa­ndo 84 toneladas de equipament­os complexos e infra-estruturas construída­s localmente”, declarou a companhia.

Pedro Ribeiro notou que, mesmo com a crise, os angolanos sabem adaptar-se a esse novo contexto, assegurand­o contratos e garantindo a continuida­de das operações, com as empresas a enfrentare­m desafios e a desenvolve­rem as competênci­as nacionais no domínio da indústria de hidrocarbo­netos.

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PAULO MULAZA|EDIÇÕES NOVEMBRO| Director-geral adjunto da Total EP Angola ao falar sobre os benefícos das parcerias

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