Cresce o número de crianças usadas nos ataques suicidas
Entre Janeiro e Março deste ano, 27 crianças foram utilizadas em ataques suicidas no conflito do Lago Chade, revelou ontem um estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
A crise na Bacia do Lago Chade já transformou 1,3 milhões de menores em deslocados internos.
O estudo indica que as crianças são obrigadas pelo grupo Boko Haram a participar em atentados à bomba, que a tendência ocorre desde 2014 e que 117 menores foram usados em ataques em locais públicos na Nigéria, Chade, Níger e Camarões. As meninas são as principais vítimas. Fruto deste fenómeno, rapazes e raparigas são observados com receio em mercados e outros locais públicos, com medo de que estejam a carregar explosivos, é referido no estudo e lembrado que essas crianças também são vítimas e não autoras dos ataques, já que são obrigadas a cometer actos terríveis, o que é condenado pela agência da ONU.
A UNICEF destaca no documento que as autoridades locais também enfrentam desafios, especialmente em relação à custódia de crianças. No ano passado, cerca de 1,5 mil menores estavam sob custódia administrativa nos quatro países.
A UNICEF pede aos lados em conflito para proteger as crianças da região por meio de acções como acabar com as violações contra menores cometidas pelo Boko Haram.