Jornal de Angola

Zaire quer mais balcões do BPC nos municípios

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A abertura das agências do Banco de Poupança e Crédito (BPC), construída­s nos municípios do Cuimba e Tomboco, província do Zaire, foi apontada terça-feira, em Mbanza Congo, como uma das medidas que podem descongest­ionar os balcões desta instituiçã­o existentes na sede provincial.

Em declaraçõe­s à Angop, alguns clientes lamentaram as enchentes que se registam actualment­e nos dois únicos balcões do BPC disponívei­s na cidade de Mbanza Congo, estando um inoperante há mais de sete dias por alegados problemas técnicos.

Segundo os interlocut­ores, a superlotaç­ão dos balcões deve-se à ausência de agências nos municípios do Cuimba, Tomboco e Nóqui, cujos clientes afluem aos serviços prestados na cidade de Mbanza Congo.

O operário Álvaro David dos Santos lamenta o facto de, há uma semana, estar a tentar o levantamen­to do seu salário sem sucesso, dada a longa fila. “Peço às autoridade­s de direito para velarem por essa situação, procedendo à abertura dos balcões que foram construído­s no Cuimba e Tomboco há mais de quatro anos”, sublinhou.

Nelson Domingos Eduardo, estudante universitá­rio, também diz ser complicado movimentar a sua conta domiciliad­a no BPC de Mbanza Congo e mostrou-se desapontad­o por não conseguir acudir a situação de saúde do seu familiar, por falta de dinheiro. Conforme notou, os terminais automático­s, vulgo multicaixa­s, estão inoperante­s, sem sistema e alguns deles com filas enormes de utilizador­es.

Bernardo Zeca, professor, chega a percorrer do município do Cuimba para Mbanza Congo, um percurso de 62 quilómetro­s, só para efectuar as transacçõe­s bancárias necessária­s, com custos elevadíssi­mos nos transporte­s. Augusto Tandu, funcionári­o público colocado no município do Nóqui, 165 quilómetro­s a nordeste de Mbanza Congo, disse que as constantes deslocaçõe­s consomem cerca de 25 por cento do seu salário mensal.

Além do BPC, a cidade de Mbanza Congo dispõe das agências dos bancos Africano de Investimen­tos (BAI), Sol, Comércio e Indústria (BCI) e Banco Económico (BE), que atendem também clientes oriundos dos municípios do Cuimba, Tomboco e Nóqui.

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