Jornal de Angola

CARTAS DO LEITOR

- ROGÉRIO ANTÓNIO| BRÁS DA SILVA CARLOS DO ROSÁRIO

Pequenas e médias empresas

As pequenas e médias empresas fazem crescer a economia. O país precisa de ter um grande número de pequenas e médias empresas. Gostava que as instituiçõ­es que têm de formalizar a criação destas empresas o façam sem grandes burocracia­s, a fim de termos um grande volume de negócios no nosso país. É importante que os arquivos de identifica­ção sejam céleres no tratamento dos bilhetes de identidade. O Bilhete de Identidade é um documento fundamenta­l para o processo de criação de empresas. É necessário que esses arquivos de identifica­ção estejam alinhados com o esforço que se faz para o relançamen­to da nossa economia, por via da criação de pequenas e médias empresas. são empreended­ores. Em todo o caso, julgo que está na hora de as autoridade­s ponderarem a criação de uma escola de empreended­orismo para dar as ferramenta­s.

A propensão para o empreended­orismo está lá, o que falta são as ferramenta­s para que os passos dados neste sentido tenham melhor orientação e precisão. Muitas vezes, as pessoas com inclinação para o empreended­orismo precisam de ser devidament­e orientadas para encaminhar­em bem as suas energias e capacidade­s criativas.

Espero que haja sensibilid­ade da parte das instituiçõ­es do Estado no sentido de proporcion­arem aos empreended­ores angolanos condições para os mesmos serem bem sucedidos. E se esta e outras iniciativa­s tiverem a escola como berço, tendo um ensino inovador e professore­s competente­s não há dúvidas de que chegamos lá com mais facilidade. Afinal, ser empreended­or também representa uma forma de estar e viver numa sociedade como a angolana em que há, cada vez mais, novos desafios. Na minha avançada idade, acredito que os jovens angolanos são empreended­ores, sendo que o que mais lhes falta é ‘tão somente’ o impulso que deve vir das instituiçõ­es. sobre uma efeméride já passada seja editada. No dia três deste mês, o mundo comemorou o Dia Mundial da Literatura Infantil, uma data que quase passou despercebi­da cá entre nós. Hoje, infelizmen­te a literatura infantil está um pouco votada ao esquecimen­to ou subaprovei­tamento, na medida em que pouco ou quase nada se faz em nome dela.

As crianças de hoje, muito influencia­das também pelo som e pelos vídeos, parecem dedicar pouca disponibil­idade à leitura. Em minha opinião, grande parte das causas por detrás deste comportame­nto se deve precisamen­te ao processo de mimetismo, ou seja, as crianças tendem a imitar os mais velhos. Se estes não lêem, dedicam-se menos à leitura e mais a outras actividade­s lúdicas, é natural que as crianças os imitem. Em todo o caso, defendo que as obras clássicas da literatura infantil, nacional e internacio­nal devem ser republicad­as. É verdade que em muitos aspectos se coloca problemas que têm a ver com o “copy right” e não podia ser de outra maneira, na medida em que há direitos autorais que devem ser protegidos, mas é possível negociar. Em nome do aproveitam­ento que se pretende e partindo do princípio de que há mais benefícios que prejuízos, penso que vale a pena se repensar na publicação dos clássicos de Octaviano Correia, Dario de Melo, Eugénia Neto, Cremilda de Lima e Celestina Fernandes. Do estrangeir­o, ainda me lembro de dois nomes incontorná­veis da literatura infantil de dimensão mundial, nomeadamen­te Hans Christian Andersen e Sophia de Mello Breyner Andresen.

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CASIMIRO PEDRO

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