CARTAS DO LEITOR
Pequenas e médias empresas
As pequenas e médias empresas fazem crescer a economia. O país precisa de ter um grande número de pequenas e médias empresas. Gostava que as instituições que têm de formalizar a criação destas empresas o façam sem grandes burocracias, a fim de termos um grande volume de negócios no nosso país. É importante que os arquivos de identificação sejam céleres no tratamento dos bilhetes de identidade. O Bilhete de Identidade é um documento fundamental para o processo de criação de empresas. É necessário que esses arquivos de identificação estejam alinhados com o esforço que se faz para o relançamento da nossa economia, por via da criação de pequenas e médias empresas. são empreendedores. Em todo o caso, julgo que está na hora de as autoridades ponderarem a criação de uma escola de empreendedorismo para dar as ferramentas.
A propensão para o empreendedorismo está lá, o que falta são as ferramentas para que os passos dados neste sentido tenham melhor orientação e precisão. Muitas vezes, as pessoas com inclinação para o empreendedorismo precisam de ser devidamente orientadas para encaminharem bem as suas energias e capacidades criativas.
Espero que haja sensibilidade da parte das instituições do Estado no sentido de proporcionarem aos empreendedores angolanos condições para os mesmos serem bem sucedidos. E se esta e outras iniciativas tiverem a escola como berço, tendo um ensino inovador e professores competentes não há dúvidas de que chegamos lá com mais facilidade. Afinal, ser empreendedor também representa uma forma de estar e viver numa sociedade como a angolana em que há, cada vez mais, novos desafios. Na minha avançada idade, acredito que os jovens angolanos são empreendedores, sendo que o que mais lhes falta é ‘tão somente’ o impulso que deve vir das instituições. sobre uma efeméride já passada seja editada. No dia três deste mês, o mundo comemorou o Dia Mundial da Literatura Infantil, uma data que quase passou despercebida cá entre nós. Hoje, infelizmente a literatura infantil está um pouco votada ao esquecimento ou subaproveitamento, na medida em que pouco ou quase nada se faz em nome dela.
As crianças de hoje, muito influenciadas também pelo som e pelos vídeos, parecem dedicar pouca disponibilidade à leitura. Em minha opinião, grande parte das causas por detrás deste comportamento se deve precisamente ao processo de mimetismo, ou seja, as crianças tendem a imitar os mais velhos. Se estes não lêem, dedicam-se menos à leitura e mais a outras actividades lúdicas, é natural que as crianças os imitem. Em todo o caso, defendo que as obras clássicas da literatura infantil, nacional e internacional devem ser republicadas. É verdade que em muitos aspectos se coloca problemas que têm a ver com o “copy right” e não podia ser de outra maneira, na medida em que há direitos autorais que devem ser protegidos, mas é possível negociar. Em nome do aproveitamento que se pretende e partindo do princípio de que há mais benefícios que prejuízos, penso que vale a pena se repensar na publicação dos clássicos de Octaviano Correia, Dario de Melo, Eugénia Neto, Cremilda de Lima e Celestina Fernandes. Do estrangeiro, ainda me lembro de dois nomes incontornáveis da literatura infantil de dimensão mundial, nomeadamente Hans Christian Andersen e Sophia de Mello Breyner Andresen.