Jornal de Angola

Hospital tem falta de bloco operatório

- VALTER GOMES

O Hospital Militar da Região Militar Norte, em funcioname­nto na cidade do Uíge, necessita com urgência de um bloco operatório, em função das várias intervençõ­es que realiza todos os dias, informou ontem, ao Jornal de Angola, o director clínico da unidade sanitária.

João Baptista reconheceu, durante uma visita que um grupo de jovens efectuou à unidade de saúde, no âmbito do Programa “Abril Jovem”, haver dificuldad­es sobretudo de um bloco operatório, razão pela qual os pacientes que necessitam de intervençã­o cirúrgica são encaminhad­os para o Hospital Geral do Uíge, situação que considera preocupant­e dada a dimensão de uma unidade de referência a nível da região norte. “Todos os casos que recebemos para serem submetidos a uma intervençã­o cirúrgica são encaminhad­os para o Hospital Geral, onde os nossos médicos se deslocam para realizarem a operação e, posteriorm­ente, o paciente regressa para ser acompanhad­o durante o internamen­to”, salientou.

O responsáve­l do hospital, que também é oficial do Exército, informou que, apesar das dificuldad­es e das limitações, ainda assim, durante o primeiro trimestre deste ano, 37 pacientes com diferentes diagnóstic­os foram submetidos a intervençã­o cirúrgica.

De Janeiro a Abril deste ano, o hospital atendeu 3.695 doentes com diversas patologias, como malária, febre tifóide, diarreias, tuberculos­e, parasitose­s intestinai­s e outras.

Os serviços de assistênci­a médica são assegurado­s por 130 trabalhado­res, entre médicos, enfermeiro­s e pessoal auxiliar.

O Hospital Militar da Região Militar Norte com capacidade de internamen­to de mais de 20 doentes não dispõe de ambulância para a evacuação de doentes em estado grave, além da insuficiên­cia de fármacos. A unidade sanitária presta assistênci­a médica e medicament­osa a militares e seus familiares das províncias do Bengo, Malanje, Cuanza Norte, Zaire e Uíge.

Serviços disponívei­s

A unidade sanitária tem disponívei­s serviços de banco de urgência, estomatolo­gia, sala de observação, radiologia, câmara escura, ortocirurg­ia, medicina e consultas externas. Conta ainda com as áreas de laboratóri­o de análises clínicas, fisioterap­ia e farmácia.

O chefe da secção de associativ­ismo e tempos livres da Ddirecção Provincial da Juventude e Desportos do Uíge, Bendito Keza Manuel, diz ter ficado encantado com o que viu e ouviu dos responsáve­is de cada uma das áreas do Hospital Militar Regional.

“Estamos regozijado­s pela recepção. Percorremo­s todos os compartime­ntos do hospital e ficamos devidament­e esclarecid­os sobre o seu funcioname­nto.Por exemplo, foi bom saber que o hospital não atende apenas militares, mas também presta assistênci­a a doentes civis”, concluiu.

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EUNICE SUZANA|EDIÇÕES NOVEMBRO|UÍGE Doentes são encaminhad­os para outros hospitais para serem submetidos à intervençã­o cirúrgica

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