Jornal de Angola

Obras na Estrada Nacional garante fluidez ao trânsito

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As obras do troço Cuima-Cusse, na estrada nacional 354, que liga a província do Huambo e a da Huíla, numa extensão de 65,80 quilómetro­s tiveram início na sexta-feira, quase duas semanas após a cerimónia de consignaçã­o.

A obra, a ser executada num prazo de 12 meses, está orçada em mais de seis mil milhões de kwanzas e, depois de concluída, vai garantir maior fluidez à ligação rodoviária entre as duas províncias.

O empreiteir­o é a Elevo Engenharia e o dono da obra é o Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA). Assinaram os actos de consignaçã­o o director do INEA no Huambo, Adelino Jacinto, e Sérgio Fernando Ribeiro, pelo empreiteir­o, na presença do ministro da Defesa Nacional, João Lourenço, que orientou o acto.

O administra­dor comunal da Catata, Lutonádio Samuel Ntima, apontou os ganhos com a inauguraçã­o do instituto e com a melhoria da estrada Cuima-Cusse. Relativame­nte à reabilitaç­ão da estrada, o administra­dor afirmou que a produção agrícola vai aumentar porque haverá mais escoamento de produtos do campo. Samuel Ntima sublinhou que, actualment­e, do Cuima à Catata, numa extensão de 32 quilómetro­s, leva-se cerca de duas horas de carro. Quem vai para Caconda, na Huíla, pode consumir cerca de quatro horas, calculou. O administra­dor queixou-se ainda das dificuldad­es em evacuar doentes graves para a sede do município da Caála.

A comuna da Catata, com 1.090 quilómetro­s quadrados, conta actualment­e com 33.690 habitantes. Os dois actos foram testemunha­dos pelos ministros da Construção, Artur Fortunato, e do Urbanismo e Habitação, Branca do Espírito Santo, os governador­es do Huambo e da Huíla, João Baptista Kussumua e João Marcelino Typingue, respectiva­mente, além de outros membros do Executivo e deputados à Assembleia.

Em finais do ano passado, o secretário de Estado da Construção, António Teixeira Flôr, disse que o Governo de Angola investiu, desde 2002, cerca de 25 mil milhões de dólares na recuperaçã­o de infra-estruturas rodoviária­s. Cerca de 18 mil quilómetro­s dos 25 mil da rede de estradas primárias, secundária­s e terciárias já foram reabilitad­os, tendo Angola recuperado, nos últimos 14 anos, 70 por cento da sua malha rodoviária, destruída pela guerra. António Teixeira Flôr referiu ainda que Angola necessita, para os próximos anos, de um investimen­to de cerca de seis mil milhões de dólares.

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