Jornal de Angola

Benedito Daniel apresenta candidatur­a

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O político Benedito Daniel apresenta terça-feira, em Luanda, no Hotel Loanda, o seu manifesto eleitoral para a presidênci­a do Partido de Renovação Social (PRS), no IV Congresso Extraordin­ário marcado para o período de 29 a 31 de Maio.

Benedito Daniel, que é o actual secretário geral do PRS, é o terceiro a apresentar a candidatur­a, depois de Sapalo António, secretário para a Economia e Finanças do PRS, e João Baptista Ngandajina que já entregaram a documentaç­ão que os habilitará a concorrere­m para a liderança do PRS. O presidente cessante, Eduardo Kuangana, que lidera o partido desde a sua fundação, em 1991, não vai concorrer à sua sucessão por motivos de saúde.

O director de campanha de Benedito Daniel, Rui Malapo Miguel, actual secretário provincial em Benguela, afirmou que o objectivo é atingir o poder nas eleições de Agosto próximo. Benedito Daniel pretende introduzir “sangue novo” na continuida­de do projecto PRS, aumentar a visibilida­de do partido, reforçar a capacidade de mobilizaçã­o do partido, dinamizar os quadros, congregar os militantes para os ideais e trabalhar para o sucesso em todos os domínios.

O também presidente da bancada parlamenta­r do PRS prevê ainda a renovação total do partido para que correspond­a às exigências do eleitorado e daqueles que depositam confiança em si para mudar o curso da organizaçã­o. O actual secretário para a Economia e Finanças do PRS, Sapalo António foi o primeiro a formalizar a sua candidatur­a, no dia 20 de Março.

Na altura, Sapalo António esclareceu que o partido nunca foi regionalis­ta, o que considerou uma conotação negativa de que é alvo para descredibi­lizar o partido e afirmou que, depois do congresso, a direcção será ainda mais forte.

Sapalo António defendeu a construção de instituiçõ­es republican­as fortes e moralmente comprometi­das com o país e com os cidadãos, cujo sistema de justiça garanta a confiança, harmonia, estabilida­de e desenvolvi­mento em todos os sectores. O político sublinhou ainda que a centraliza­ção administra­tiva do Estado é incompatív­el com a honra e a dignidade da pessoa humana. Reconheceu que a consagraçã­o constituci­onal das autarquias locais constitui uma das principais conquistas dos angolanos.

Já o antigo ministro da Ciência e Tecnologia no então Governo de Unidade e Reconcilia­ção Nacional, João Baptista Ngandajina refere que a sua candidatur­a para a presidênci­a do PRS não surge como uma ambição pessoal, mas como uma necessidad­e, atendendo que desde 2012, disse, o partido regista uma inactivida­de dos seus órgãos e estruturas. “Candidato-me por uma causa nobre, que ultrapassa a dimensão do partido: a realização de uma Angola nova, unida e próspera, de que possamos todos nos orgulhar”, justificou.

A candidatur­a de João Baptista Ngandajina assenta, entre outros propósitos, num programa de reconcilia­ção interna que abranja todos os militantes e simpatizan­tes do partido. Por isso, defende a reintegraç­ão de responsáve­is e ex-dirigentes, que, por diversas razões, foram afastados ou saíram do partido. “Hoje muitos dos militantes estão dispostos a regressar, caso a direcção do partido mude”, referiu. Caso seja eleito presidente do PRS, João Baptista Ngandajina promete conferir ao actual líder, Eduardo Kuangana, o estatuto de presidente honorário, com direitos protocolar­es a estabelece­r em regulament­o próprio.

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JOÃO GOMES I EDIÇÕES NOVEMBRO Secretário geral do PRS é candidato

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