Jornal de Angola

Mina gera centenas de milhões de dólares

Kimberlito localizado nas imediações de Catoca tem quatro anos de vida útil

- KÁTIA RAMOS |

A sociedade mineira do Catoca prevê obter 250 milhões de dólares em quatro anos, com a exploração da mina de diamantes CATE42, inaugurada quinta-feira, na Lunda Sul, pelo ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiroz.

A mina, um pequeno kimberlito situado a cinco quilómetro­s de Catoca, tem o plano de produzir a partir de Junho 4,5 milhões de quilates ao longo do seus quatro anos de vida útil, ocupa uma extensão de 60 hectares e emprega 150 trabalhado­res.

O projecto mineiro será explorado a até 150 metros de profundida­de e conta com uma produtivid­ade anual de mais de um milhão de quilates e reservas na ordem de 5,5 milhões de toneladas de minério.

CAT-E42 tem três significad­os, sendo CAT Catoca, E o método de prospecção utilizado (electromag­nético) e 42 a ordem numérica das anomalias que foram estudadas. A mina, surge na sequência de uma estratégia liderada pela Endiama, com vista ao aumento da reserva nacional de diamantes

Na inauguraçã­o, o ministro enalteceu a facto da mina ter sido descoberta por engenheiro­s angolanos, enquanto o presidente do Conselho de Administra­ção da Empresa Nacional de Diamantes (Endiama), Carlos Sumbula, recordou o inicio da prospecção na CAT-E42 em 2004, por técnicos nacionais formados no país e no estrangeir­o.

O presidente do Conselho de Administra­ção da Endiama declarou que o grupo intervém em quase toda a cadeia de produção de diamantes, mas desafiou as empresas do sector a investirem no sector da lapidação de gemas. Carlos Sumbula lembrou a evolução do projecto, como uma mostragem feita em 2015 para confirmaçã­o da qualidade da chaminé, onde foram explorados 605 mil metros cúbicos e extraídas mais de 20 toneladas de minério. A Sociedade Mineira de Catoca é uma sociedade angolana de prospecção, exploração, recuperaçã­o e comerciali­zação de diamantes constituíd­a pela Endiama, Alrosa, LLV e Odebrecht.

Catoca é o maior projecto diamantífe­ro em operação em Angola, sendo responsáve­l pela extracção de mais de 75 por cento dos diamantes angolanos. Além do kimberlito de Catoca, a sociedade tem participaç­ão maioritári­a em concessões como a do Luemba, Gango, Quitúbia, Luangue, Vulege, Tcháfua e Luaxe. A cooperativ­a de exploração semi-industrial de diamantes CJCK, criada há seis meses no município do Cuango, província da Lunda Norte, conta agora com uma força de trabalho de 300 colaborado­res jovens.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Mina descoberta por engenheiro­s angolanos eleva as ambições de Angola se tornar num país exportador de diamantes lapidados

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