Fornecedores vão importar electricidade
A empresa pública de produção e distribuição de electricidade e a Câmara de Comércio da República Democrática do Congo (RDC) negociaram quinta e sexta-feira a importação de electricidade da sul-africana Eskom, noticiou a Reuters.
A iniciativa tem o objectivo de reduzir o grande défice de energia que enfraquece a produção mineira do país - o principal produtor de cobre do continente -, escreveu a agência de notícias britânica, citando o presidente da Câmara de Comércio do Congo no sudeste daquele país, Eric Monga
A RDC enfrenta défices de energia maciços e chuvas escassas podem causar uma queda na produção em quase 50 por cento, nas principais hidroeléctricas do país durante a estação seca, de Maio a Setembro.
A importação de electricidade da África do Sul envolve o transporte de cabos através da Zâmbia e Zimbabwe, ao longo de centenas de quilómetros, o que eleva os custos. “É muito mais caro, mas o interesse económico é tão premente, que temos que ir falar com eles”, disse Eric Monga.
A área de mineração do Katanga, rica em cobre, recebe cerca de metade da energia da rede nacional, obrigando os operadores a contar com geradores ou importações caras, geralmente da Zâmbia.
Os principais produtores de electricidade da RDC incluem a Glencore, Ivanhoe Mines e Randgold. O país tem projectos para construir, até 2020, uma barragem 4800 megawatts por 14 mil milhões de dólares ao longo do rio Congo, com 2500 megawatts destinados à África do Sul.