Egipto frustra atentados
O ministério egípcio do Interior anunciou domingo em comunicado a detenção de 13 “terroristas” que planeavam ataques contra a comunidade cristã e contra instituições públicas, uma semana depois dos violentos atentados contra duas igrejas coptas.
O anúncio foi feito numa altura em que os cristãos coptas do Egipto celebram a Páscoa com medo e entre fortes medidas de segurança, depois que em 9 de Abril dois atentados contra duas igrejas no norte do país, reivindicados pelo Estado Islâmico, deixaram 45 mortos.
Os “13 elementos terroristas” faziam parte de grupos que preparavam uma série de ataques contra instituições estatais, instalações governamentais e cristãs e contra personalidades públicas e policiais em quatro províncias do norte de Egipto, principalmente em Alexandria, refere o comunicado.
O documento refere que nas províncias de Alexandria e de Beheira (norte), as forças de segurança também descobriram duas granjas onde se fabricavam explosivos e se armazenavam armas. Na semana passada, o Ministério egípcio do Interior anunciou ter identificado o suicida que no domingo lançou um atentado mortífero contra a igreja copta Mar Girgis em Tanta, no norte do país, noticiou a agência de notícias France Presse. Na véspera, havia anunciado a identificação de outro suicida, que no mesmo dia atacou uma igreja na Alexandria. Os dois atentados, realizados no Domingo de Ramos, deixaram 45 mortos e foram reivindicados pelo Estado Islâmico. O primeiro deixou 28 mortos e o segundo 17.
O governo egípcio aumentou a recompensa oferecida a qualquer pessoa que forneça informação que permita deter outro membro da célula vinculada, segundo o ministério, aos ataques do domingo.
Também na semana passada, Mohamed Ramadan, advogado egípcio acusado de ter insultado o Presidente Abdel Fatah Al-Sisi e incitado ao "terrorismo" nas redes sociais, foi condenado a dez anos de prisão,.
A Justiça condenou-o a dez anos de prisão, a cinco anos de prisão domiciliar e proibiu-o de utilizar a Internet durante cinco anos por insultar o Chefe de Estado e por incitar ao terrorismo nas redes sociais.