Africanos concordam com mais reformas
Os governadores africanos do Grupo I da Constituência África do Fundo Monetário Internacional (FMI), do qual Angola é membro, concordaram em Washington com a necessidade da adopção de medidas estruturais consistentes para alargar as soluções e fazer face aos choques financeiros externos, soube ontem o Jornal de Angola.
As Constituências são grupos de países de uma determinada região do Mundo que se reúnem a nível ministerial e de peritos para discutirem assuntos comuns, geralmente ligados ao desenvolvimento e estabilidade sócio-económica e financeira, assinala um comunicado de imprensa do Ministério das Finanças.
A reunião do Grupo I da Constituência África do FMI foi orientada conjuntamente pelo ministro angolano das Finanças, Archer Mangueira, e o director executivo, Maxwell Mkwezalamba, na qualidade de secretário.
Na aprovação do Relatório Intercalar do Director Executivo, os 23 governadores do Grupo enfatizaram a necessidade de paísesmembros fazerem “uma avaliação profunda sobre as razões dos constrangimentos da gestão macro-económica e do crescimento”, numa altura em que o PIB da África subsaariana conheceu o mais baixo desempenho das duas últimas décadas.
Os participantes convergiram também quanto à “adopção de mecanismos para captar receitas fiscais e combater a evasão” fiscal, mediante a “elaboração de uma estratégia eficaz para a utilização adequada dos recursos postos à disposição dos países”.
A reunião dos governadores africanos do Grupo I da Constituência África analisou ainda questões organizacionais e administrativas e manteve um diálogo sobre políticas e o envolvimento do FMI.
Durante as reuniões de Primavera do FMI e do Banco Mundial, a delegação angolana manteve encontros com representantes de outros países, investidores e bancos de investimento como o HSBC, Deutsche Bank e Afreximbank.
A delegação angolanja foi liderada pelo ministro das Finanças e integrada pelo ministro do Planeamento e Desenvolvimento do Território, Job Graça, o vice-Governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Manuel Tiago Dias, e altos quadros destes três organismos do Estado. A delegação angolana às reuniões integrou também os presidentes dos Conselhos de Administração do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) e do Banco de Poupança e Crédito (BPC), Manuel Neto Costa e Ricardo Viegas D’Abreu, respectivamente.
O Embaixador de Angola nos Estados Unidos, Agostinho Tavares, juntou-se à comitiva e parricipou nas reuniões.
A cooperação com o FMI é baseada no exercício de vigilância sobre as economias dos Estadosmembros (por meio das consultas ao abrigo do Artigo IV), atribuição de empréstimos concessionais e desenvolvimento de acções de capacitação institucional e de prestação de assistência técnica.