Jornal de Angola

Amos Oz entre os finalistas

Dois escritores israelitas concorrem para a final em Junho

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Os escritores Amos Oz, David Grossman, Dorthe Nors, Mathias Énard, Roy Jacobsen e Samanta Schweblin são os seis finalistas do prémio Man Booker Internatio­nal, a atribuir em Junho, às melhores obras de ficção, traduzidas para língua inglesa.

O anúncio foi feito ontem, na página oficial do Man Booker Internatio­nal Prize, e a lista inclui o francês Mathias Énard, com o romance “Compass” (Bússola, na edição portuguesa), o israelita Amos Oz, com “Judas”, o mais recente romance do escritor, também publicado em Portugal, e David Grossman, também de Israel, com “A horse walks into a bar”.

O norueguês Roy Jacobsen, com o romance “The unseen”, Dorthe Nors, da Dinamarca, com “Mirror, shoulder, signal”, e a argentina Samanta Schweblin, com “Fever dream”, são os restantes candidatos ao prémio Man Booker Internatio­nal, a atribuir no próximo dia 14 de Junho. Da lista inicial de candidatos ao prémio (lista longa), anunciada em Março, ficou para trás o romance “The traitor's niche”, do albanês Ismail Kadaré, que foi distinguid­o na primeira edição do prémio internacio­nal Man Booker, em 2005, superando finalistas como John Updike e Philip Roth, Muriel Spark, Gunther Grass e Gabriel García Márquez.

Kadaré, 81 anos, autor de “Os tambores de chuva” e “O palácio dos sonhos”, um dos escritores vivos mais vezes apontado como candidato ao Nobel da Literatura, recebeu o Prémio Príncipe das Astúrias das Artes, em 2009.

Nesta edição do prémio internacio­nal Man Booker, também ficaram para trás o francês Alain Mabanckou, com “Black moses”, o islandês Jón Kalman Stefánsson, com “Fish have no feet”, e Wioletta Greg, da Polónia, com o livro “Swallowing mercury”.

Foram igualmente preteridos o belga Stefan Hertmans, com “War and turpentine”, o alemão Clemens Meyer, com “Bricks and mortar”, e o chinês Yan Lianke, com o livro “The explosion chronicles”. O prémio é atribuído todos os anos a um único livro, traduzido para inglês e publicado no Reino Unido, sendo elegíveis tanto romances, como colecções de contos. O trabalho dos tradutores é igualmente recompensa­do. Assim, são também candidatos ao prémio os tradutores Charlotte Mandell (Enard), Jessica Cohen (Grossman), Don Bartlett (Jacobsen), Misha Hoekstra (Nors), Nicholas de Lange (Oz) e Megan McDowell (Schweblin).

O vencedor recebe um prémio de 50 mil libras (mais de 57 mil euros), a ser dividido entre autor e tradutor da obra. Cada um dos finalistas - escritor e tradutor - recebe 1.000 libras (1.143 euros).

A lista final de candidatos foi selecciona­da por um júri presidido pelo director do Festival Internacio­nal do Livro de Edimburgo, Nick Barley, secundado por Daniel Hahn, a romancista de origem turca Elif Shafak, a escritora de origem nigeriana Chika Unigwe, e a poetisa Helen Mort, nomeada para o prémio TS Eliot, para o Costa e cinco vezes vencedora do prémio Foyle Young Poets.

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DR Amos Oz é um dos mais prestigiad­os escritores israelitas detentor de vários prémios e co-fundador do movimento pacifista Paz Agora

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