Massacre em base militar do Afeganistão
Mais de uma centena de militares foram sexta-feira mortos depois de um grupo de talibãs, disfarçados de soldados, ter atacado uma base na zona norte do Afeganistão. O Ministério da Defesa afegão fala em mais de 100 mortos e dezenas de feridos, mas até ontem ainda não havia certezas quanto ao número exacto de vítimas. Caso o número se confirme, o ataque será o mais mortífero contra uma base afegã.
Uma fonte oficial do distrito de Mazar-i-Sharif, onde ficam localizadas as instalações militares, garante, porém, que o número de mortos pode mesmo vir a ultrapassar os 140. À Reuters, outros oficiais mostraram-se convencidos de que o número pode ser até superior a 150.
O ataque de sexta-feira foi levado a cabo por um grupo de dez talibãs que conduziam veículos militares. Os soldados afegãos, que tinham acabado de sair de uma mesquita onde fizeram uma das orações do dia, começaram por ser atacados com armas de fogo, numa batalha que terá durado seis horas, de acordo com o porta-voz do exército, citado pela CNN. Terá havido uma explosão num dos portões da base. De acordo com fontes oficiais contactadas pela Reuters, terão sido também detonadas granadas e alguns dos jihadistas ter-seão suicidado com coletes de explosivos. “Havia tiros e explosões por todo o lado”, relatou uma testemunha à agência noticiosa, descrevendo o cenário como caótico. Zabihullah Mujahid, porta-voz do grupo terrorista, emitiu ontem um comunicado em que explica que o ataque se tratou de uma resposta às mortes de vários líderes talibãs no norte do Afeganistão. A base pertencia à 209ª corporação do Exéricito do Afeganistão, responsável pelo patrulhamento de grande parte da zona norte do país.