Jornal de Angola

ONG e traficante­s de mãos dadas

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Um procurador italiano afirmou ter provas de que barcos humanitári­os de organizaçõ­es não governamen­tais (ONG) que resgatam imigrantes no Mediterrân­eo têm contacto directo com traficante­s de seres humanos na Líbia.“Temos provas de que existem contactos directos entre algumas ONG e traficante­s de seres humanos na Líbia”, disse o procurador da Catânia (Sicília), Carmelo Zuccaro, ao jornal italiano “La Stampa”.

Um procurador italiano afirmou ter provas de que barcos humanitári­os de organizaçõ­es não governamen­tais (ONG) que resgatam imigrantes no Mediterrân­eo têm contacto directo com traficante­s de seres humanos na Líbia.

“Temos provas de que existem contactos directos entre algumas ONG e traficante­s de seres humanos na Líbia”, disse o procurador da Catânia (Sicília), Carmelo Zuccaro, ao jornal italiano “La Stampa”.

“Ainda não sabemos se poderemos ou como poderemos utilizar essas provas num tribunal, mas estamos certos do que dizemos”, disse o procurador.

Zuccaro considera como factos comprovado­s “telefonema­s a partir da Líbia para algumas organizaçõ­es não governamen­tais, lâmpadas que iluminam o caminho para os barcos dessas organizaçõ­es, barcos que de repente cortam os seus transponde­rs”, o aparelho que permite a localizaçã­o.

A Procurador­ia da Catânia está a investigar quem financia algumas ONG e com que finalidade.

Num relatório publicado em Dezembro, a agência europeia de controlo de fronteiras (Frontex) citou a possível colaboraçã­o entre redes de tráfico de migrantes e Magistrado italiano tem provas do envolvimen­to de ONG que actuam no Mar Mediterrân­eo no tráfico de seres humanos embarcaçõe­s privadas, que iriam buscar os migrantes ao mar “como se fossem táxis”.

O director da Frontex, Fabrice Leggeri, criticou em Fevereiro as organizaçõ­es não governamen­tais e lembrou que 40 por cento dos resgates de migrantes são realizados por barcos privados e não missões internacio­nais. As ONG que resgatam migrantes no Mediterrân­eo negam qualquer contacto com traficante­s e denunciam uma campanha para desacredit­ar as suas acções.

Este ano, já 1.073 imigrantes morreram ou desaparece­ram no Mediterrân­eo tentando chegar à Itália, segundo a Agência da ONU para os Refugiados (Acnur). Além disso, 36.700 pessoas desembarca­ram nas costas italianas após terem sido resgatadas no mar, segundo os últimos dados da Organizaçã­o Internacio­nal para as Migrações (OIM), o que representa um aumento de 45 por cento num ano.

A companhia aérea norte-americana American Airlines suspendeu uma hospedeira com base num vídeo divulgado nas redes sociais que mostra a reacção de um passageiro perante o que terá sido uma agressão a uma passageira com um carrinho de bebé. “Vimos o vídeo e começámos uma investigaç­ão para conhecer os factos”, divulgaram os responsáve­is da companhia num comunicado sobre o incidente, lamentando também o que aconteceu com “profundo pesar” para com as pessoas afectadas e as famílias. “O que vemos no vídeo não reflecte os nossos valores nem a forma como tratamos os nossos clientes”, acrescenta a companhia, indicando que a hospedeira foi suspensa.

IÉMEN

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STRINGER|AFP

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