Jornal de Angola

CARTAS DO LEITOR

- FORTUNATO JÚNIOR | Samba JUSTINA AFONSO | Talatona GERVÁSIO PINTO | Camama

Protecção dos taxistas

Todos os dias vejo com tristeza, no período da manhã, sempre que vou apanhar o táxi para ir ao serviço, um grupo de jovens, com idades e porte físico para trabalhar, concentrad­o na paragem de táxis do Antigo Controlo, no sentido de quem sai do Morro da Luz para a Mutamba, a obrigarem os taxistas que aí param a pagarem uma quantia de 150 kwanzas.

O argumento que eles utilizam é que ali é uma “placa” (nome que atribuem às paragens por eles controlada­s) e, por essa razão, sempre que um taxista pára aí para levar passageiro­s deve obrigatori­amente pagar esse valor.

Eles ficam nas paragens como “lotadores” (que ajudam a lotar os táxis) e exigem essa quantia, mesmo que o cobrador do táxi diga que não precisa dos seus préstimos.Sem o acordo dos taxistas, eles chamam passageiro­s e exigem os 150 kwanzas.

Em caso de o cobrador do táxi não aceitar pagar os valores pelos “lotadores”, cujos serviços ninguém solicitou, estes partem para a agressão. De acordo com algumas pessoas que consultei no local, já houve cobradores que, por se negarem a pagar tal valor, foram gravemente feridos.

Esta situação acontece a escassos metros da esquadra do Antigo Controlo. Não sei se não é do conhecimen­to da Polícia, mas é importante que se faça alguma coisa. Não podemos continuar a permitir que um bando de jovens desocupado­s fique nas paragens de táxi a roubar aqueles que trabalham honestamen­te para conseguire­m o pão para os seus filhos.

Para ser mais preciso, a paragem a que me refiro fica a 10 metros do triângulo do Antigo Controlo, depois dos contentore­s de lixo.

Apelo à Polícia para pôr fim à impunidade que se está a generaliza­r na cidade de Luanda. Aumentou o número de pessoas a vender no meio das ruas, bloqueando o trânsito. Os taxistas fazem um serviço que beneficia a população. Penso que os taxistas devem ser protegidos, devendo-se neutraliza­r os marginais que perturbam o seu trabalho e atentam contra a sua integridad­e física.

Para acabar com estes problemas, não é preciso reprimir. Basta que os agentes da Polícia, a pé, de carro ou de motorizada, façam sinal a essas pessoas que não podem fazer isso e se retirem do local.

Poda das árvores

Não sou um especialis­ta, mas acho que as árvores deviam ser podadas em muitos pontos da nossa cidade capital, porque podem constituir um perigo para os peões e os automobili­stas nesta época de chuvas. Por vezes a chuva cai acompanhad­a de ventos fortes.

É sempre bom que evitemos os problemas. Basta um pequeno esforço e um sinal. A prevenção é sempre melhor do que irmos atrás do prejuízo.

Não sei se já é altura (alguém me disse que há alturas próprias para a poda das árvores) para se tratarem as árvores e os jardins, mas estou com receio de que aconteça o pior em várias artérias da nossa capital.

Iluminação das vias públicas

É urgente que se veja a situação da iluminação nas vias públicas. Tem havido assaltos e acidentes nas vias que estão às escuras. Penso que as autoridade­s deviam considerar uma prioridade o trabalho de iluminação das ruas de Luanda. Alguém já sugeriu neste espaço que se fizessem operações de “tapa buracos” para se evitarem acidentes. É necessário também que as ruas estejam bem iluminadas, não só para facilitar o trabalho de segurança e protecção da Polícia, como para assegurar a protecção dos automobili­stas.

Há coisas que devem ser feitas com bastante celeridade. O número de acidentes ocorridos em vias públicas justifica uma maior atenção a esta questão da iluminação das vias públicas.Não se pode exigir dos membros da nossa Polícia Nacional que façam todo o trabalho de protecção dos peões, assim como dos automobili­stas.

As condições ideais do estado das nossas vias públicas são imprescind­íveis para que o trânsito se desenrole de uma forma normal sem prejuízos não só para os peões como também para os próprios automobili­stas. Apelamos, por isso, ao bom senso, tanto das autoridade­s como da população em geral.

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