Jornal de Angola

Jovens foram incentivad­os a realizar testes regulares

- VICTOR PEDRO |

Os jovens e a sociedade em geral da província do Cuanza Sul foram ontem exortados a envolverem-se em acções e campanhas que visam prevenir a propagação do VIH/Sida a pessoas saudáveis e como controlar o seu estado serológico.

O alerta foi feito pelo supervisor provincial do programa de VIH/Sida, Domingos Moreira, que se mostrou preocupado com os últimos dados, tendo revelado que, durante o primeiro trimestre deste ano, das 17.929 pessoas diagnostic­adas, 341 deram positivo, 17.561 negativo e 27 indetermin­ado.

Relativame­nte ao mesmo período do ano anterior, dos 15.906 testes efectuados, houve o registo de 273 casos positivos, 15.604 negativos e 29 indetermin­ados.

Domingos Moreira informou que, dos casos positivos, 179 estão em seguimento e 163 outros iniciaram o tratamento anti-retroviral, incluindo 63 gestantes e oito crianças. Disse que foram realizados sete partos, dos quais cinco crianças estão expostas por não ter sido feito o corte umbilical e correm o risco de serem contaminad­as, caso o acompanham­ento não surta resultados positivos. O município do Sumbe conta com 174 casos positivos, Porto-Amboim com 52, Amboim (Gabela) 33, Cassongue 16 e a Cela com 15 e são considerad­os as áreas mais endémicas. A faixa etária mas afectada está entre os 15 e os 45 anos de idade.

O supervisor de luta contra o VIH/Sida disse que, durante o primeiro trimestre, foram realizadas várias palestras, encontros e lançados mil panfletos, para além de terem sido distribuíd­os 20 mil preservati­vos.

De acordo com o responsáve­l, o sector da Saúde e seus parceiros sociais estão a trabalhar no sentido de aumentar-se, nas unidades sanitárias, os serviços de aconselham­ento e testagem, prevenção da transmissã­o vertical em gestantes e seguimento a crianças expostas. Também apostam na formação contínua dos activistas.

O responsáve­l de luta contra o VIH/Sida reconheceu que, nos dias de hoje, as famílias tomaram consciênci­a, começaram a aceitar e já convivem com parentes que padecem da doença, acompanham o tratamento e ajudam os seus próximos a cumprirem com a medicação, factos que, segundo ele, têm contribuíd­o para elevar a auto-estima destas pessoas.

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