Bolsa de Valores tem código global
MERCADO DE CAPITAIS Ferramenta permite a identificação de bolsas e plataforma de negociação
A Bolsa de Dívida e Valores de Angola (Bodiva) dispõe de um código MIC “o XBDV”, uma ferramenta de padrão internacional, que permite a identificação de bolsas de valor, plataformas de negociação e segmento de mercado. O código foi atribuído pela “SWIFT, SCRL”, enquanto entidade registadora, no quadro da norma ISO10.383. A lista do Código de Identificação de Mercado (MIC) passa a ser publicada às segundas-feiras.
Os mercados da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (Bodiva) dispõem, desde o dia 10 deste mês, de um código MIC “o XBDV”, uma ferramenta de padrão internacional, que permite a identificação de bolsas de valor, plataformas de negociação e segmento de mercado.
De acordo com um documento da Bodiva a que a Angop teve acesso na sexta-feira, o referido código foi atribuído pela “SWIFT, SCRL”, enquanto entidade registadora, no quadro da norma ISO10.383.Alista do Código de Identificação de Mercado (MIC) passa doravante a ser publicada todas as segundas-feiras do mês ou no dia útil seguinte, caso calhe num dia de feriado no país da Autoridade de Registo (AR) ISO 10.383.
A mesma lista de MIC inclui todos os pedidos introduzidos pelos requerentes até à primeira segunda-feira do mês, após a validação com êxito pela autoridade registadora, no caso de Angola, a SWIFT, SCRL.A criação, manutenção e desactivação de Códigos de Identificação de Mercado (MIC) é gratuita e operada pela Autoridade de Registo ISO 10.383, de acordo com o documento.
A Bolsa de Angola registou, em Fevereiro deste ano, um volume de 80 negociações que movimentaram um total de 10,6 mil milhões de kwanzas (mais de 63,8 milhões de dólares), uma redução de 29 por cento do valor negociado em relação ao mês de Janeiro.
Em Janeiro deste ano, a bolsa registou 84 negociações que movimentaram mais de 14,8 mil milhões de kwanzas (cerca de 89,3 milhões de dólares).
O presidente do Conselho de Administração da Bodiva, António Furtado, disse recentemente que o mercado de capitais angolano pode exercer um papel estratégico capaz de influenciar positivamente a regulação, supervisão e desenvolvimento das bolsas de valor da SADC. António Furtado referiu que o mercado angolano tem dado sinais de um grande potencial, embora esteja ainda circunscrito à negociação de títulos da dívida pública.
“Num prazo que antevemos relativamente curto, iremos acolher os primeiros títulos corporativos, pelo que a partilha de experiência neste fórum será de grande importância, tendo em vista este objectivo”, assegurou. Para o gestor, Angola está plenamente alinhada e comprometida com os objectivos do Comité das Bolsas de Valor da SADC.
No quadro da dinamização das bolsas de valor da SADC, Angola está a trabalhar para tornar os mercados mobiliários da região mais atraentes para os investidores nacionais e regionais, bem como aumentar a liquidez de negociações dos mais diversos valores mobiliários e instrumentos financeiros. Entre outros contributos, Angola quer encorajar a transparência entre os países deste comité, melhorar o seu capital intelectual e aprimorar a especialização técnica.
Um dos aspectos centrais da cooperação dos mercados de capitais da SADC é garantir a especialização crescente dos instrumentos financeiros para que sejam adequados às necessidades de financiamento e à captação de investimentos, visando dar cabal cumprimento dos requisitos de combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao sector do turismo. Em 2016, a Bolsa de Dívida e Valores de Angola registou o dobro no nível de negociações em comparação com 2015, tendo atingido um volume de transacções de 365 mil milhões de kwanzas, equivalente a dois mil milhões de dólares. No ano anterior (20159, as transacções foram de 104 mil milhões, de acordo com Patrício Vilar.