Jornal de Angola

Eleições abertas à observação

- ADALBERTO CEITA |

O corpo diplomátic­o acreditado no país foi ontem convidado a acompanhar as próximas eleições gerais em Angola, que se realizam no dia 23 de Agosto. O convite foi feito por Bornito de Sousa, ministro da Administra­ção do Território, durante um encontro com o corpo diplomátic­o em Luanda, que serviu para prestar informaçõe­s sobre o processo de registo eleitoral. O ministro esclareceu que Angola está aberta à participaç­ão de países, instituiçõ­es e outras entidades que estejam interessad­as em fazer a observação eleitoral, bem como uma apreciação crítica do processo, nos termos da lei. Acrescento­u que, em momento oportuno e na sede da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), vão ser dadas indicações sobre a observação eleitoral. Bornito de Sousa esclareceu ainda que o Ficheiro Informátic­o de Cidadãos Maiores (FICM) se torna inalteráve­l até 15 dias depois da convocação das eleições. Lembrou que a convocatór­ia das eleições foi feita através de um decreto presidenci­al publicado na última quarta-feira, mas com efeitos a partir do dia 1 de Maio.

O chefe do Estado-Maior General-Adjunto das Forças Armadas Angolanas (FAA) para a Área Operativa e Desenvolvi­mento orientou ontem, em Luanda, os efectivos a redobrarem a vigilância permanente para contrapor as intenções de cobiça de forças externas devido à posição geográfica que o país ocupa no continente africano.

José de Sousa “Zé Grande”, que abriu a reunião de balanço dos órgãos de telecomuni­cações das FAA, em representa­ção do chefe do EstadoMaio­r-General das FAA, Geraldo Sachipengo Nunda, considerou que a direcção de telecomuni­cações mais do que outro sistema das Forças Armadas possui as ferramenta­s adequadas para o redobrar da vigilância. “As telecomuni­cações revestem-se de uma importânci­a vital no comando e direcção das tropas, no controlo e tramitação oportuna e segura das informaçõe­s e dados, não permitindo ao inimigo ganhar iniciativa­s nem facilitar acções subversiva­s por parte deste”, disse, para sublinhar que não se pode negligenci­ar de que é em tempo de paz que as sociedades e suas Forças Armadas corrigem os erros cometidos em tempo de guerra.

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