Incêndio no armazém da Refriango
Avenida Fidel Castro registou o maior engarrafamento da sua história
Um incêndio de grandes proporções teve lugar na quinta-feira, por volta das 20 horas, nos armazéns da base logística da empresa de bebidas Refriango, localizada no distrito urbano do Zango, em Luanda.
A intensidade das chamas, deu a conhecer ontem ao Jornal de Angola o porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, que qualificou o incêndio de “monstruoso”, culminou com a destruição total dos produtos acabados e embalados, como água de mesa e diversos tipos de refrigerantes. O próprio armazém, com uma extensão de 30 metros quadrados, ficou seriamente danificado.
Faustino Sebastião informou que 60 efectivos do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros chegaram ao local por volta das 21 horas com seis camiões de extinção de incêndios e uma ambulância. Na altura, as chamas já estavam em avançado estado de propagação. As causas do incêndio e os prejuízos materiais e financeiros decorrentes ainda estão por determinar. De acordo com os bombeiros, não houve vítimas humanas a lamentar.
Durante toda a noite, os bombeiros investiram a sua energia e meios materiais no esforço de apagar o incêndio, que continuava vivo e com muita fumaça até a manhã de ontem. Faustino Sebastião previu que as chamas só seriam completamente dominadas no fim do dia. O portavoz, dada a envergadura do incêndio, apelou aos cidadãos para voluntariamente, com meios próprios, ajudarem a apagar as chamas.
Engarrafamentos
Os automobilistas, que ontem trafegavam ao longo da avenida Fidel de Castro, também conhecida como via expressa, com o deflagrar das chamas na Refriango confrontaramse com um enorme engarrafamento que durou até a madrugada. Ao longo da marcha, muito lenta e já de si complicada devido às abras que decorrem na via, os automobilistas confrontaram-se igualmente com grupos de marginais que se aproveitando da situação tentavam furtar objectos de valor das viaturas praticamente imobilizadas.
A Rádio Luanda ontem apresentou relatos de automobilistas que, na noite de quinta-feira, no limite da resistência física e emocional, levaram mais de três horas para se livrarem do engarrafamento.
As longas e lentas filas de carros continuaram durante o dia de ontem, devido à continuidade dos trabalhos de extinção final dos focos de chamas e à curiosidade das pessoas.