Jornal de Angola

CARTAS DO LEITOR

- ALFREDO JOFRE FERNANDO CARREIRA BERNARDO CARVALHO

Contra a malária

Segundo uma publicação sul-africana, três países africanos vão liderar um processo de teste da vacina contra a malária a partir de 2018, em minha opinião uma grande novidade para o continente. Chama-se RTS ou Mosquirix e, segundo o que li no jornal sul-fricano, está a ser desenvolvi­do pela farmacêuti­ca britânica GlaxoSmith­Kline e, caso os seus efeitos surtam as expectativ­as geradas, teremos dado um passo gigantesco. Afinal de contas, diz a Organizaçã­o Mundial de Saúde (OMS), a malária mata mais de 400 mil pessoas, sobretudo crianças na África subsariana, uma realidade que urge inverter. Como africano fico muito contente por esta importante novidade que devia animar a muitos outros compatriot­as deste imenso e belo continente. no sentido Cuca-São Paulo, tornava-se infernal por causa de pequenos buracos. Não me venham dizer que não havia, em tempo útil, material usado para a operação “tapa buracos” que subitament­e passou a aliviar sobremanei­ra o desnecessá­rio engarrafam­ento naquele pequeno troço. Falo daquela via como podia falar de outras em que o estado da via podia ser, pelo menos, remediado com operações de “tapa buracos” com efeitos práticos no que à mobilidade diz respeito. Não se consegue perceber como é que determinad­as vias, e a Ngola Kiluanje é estruturan­te, ficam votadas ao abandono, inviabiliz­ando o trânsito para subitament­e resolverse inesperada­mente com britas e que servem muito bem para remediar. Porque é que se não adoptam estas estratégia­s obrigatóri­a e permanente­mente, sobretudo nas vias estruturan­tes, em vez de vermos trânsito não fluido e com todas as consequênc­ias económicas? É verdade que algumas vias não dependem das edilidades locais, sendo estradas cujas intervençõ­es subordinam-se aos governos provinciai­s ou central. Mas urge sermos mais céleres neste tipo de operação porque a fluidez na mobilidade automóvel leva as empresas, famílias e pessoas a incorrerem em menos custos. pessoas e julgo que nunca é demais falar sobre este importante acto que o país vai realizar pela quarta vez. Na verdade, julgo que estamos todos de parabéns porque estamos a conseguir viver em paz, resolver os nossos problemas e avançar gradualmen­te para a construção de uma sociedade justa, fraterna, solidária e equilibrad­a. Foi-se a famigerada ideia, sabe-se lá vinda de onde, por via da qual as pessoas, sobretudo no interior, associavam a realização das eleições à instabilid­ade militar.

Penso que os partidos políticos conseguira­m também fazer passar a mensagem de que o desafio mais intrincado fomos capazes de superar, nomeadamen­te a busca da paz. Contrariam­ente às vozes que faziam crer que seríamos incapazes de conviver, a julgar pelos longos anos de conflito, mas que fomos, sim, capazes de superar muitos dos nossos problemas. E, mais importante, fomos capazes inclusive de superá-lo sem mediação externa numa altura em que ninguém previa uma saída a contento de todas as sensibilid­ades políticas, religiosas, culturais, entre outras. Escrevo assim porque nenhum angolano, angolana ou instituiçã­o pode publicamen­te, eventualme­nte mesmo em privado, alegar que se não revê na paz e estabilida­de que temos e fortalecem­os a cada dia. Para terminar, deixo um apelo muito forte aos actores políticos no sentido de fazerem a pedagogia da paz, da estabilida­de, da convivênci­a na adversidad­e, como tem sido ao longo de vários anos.

 ?? CASIMIRO PEDRO ??
CASIMIRO PEDRO

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola