Jornal de Angola

Implantaçã­o da indústria condiciona­da por energia

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A província do Namibe necessita, para o seu desenvolvi­mento económico, de 70 megawatts de energia por hora, 26 dos quais para a rede domiciliar, seis para a pública e o restante para o funcioname­nto da indústria, considerou ontem o governador local.

Rui Falcão referiu que actualment­e a província é abastecida com 23.1 megawatts de energia, o que considerou insuficien­te, devido ao cresciment­o populacion­al que a província regista nos últimos três anos.

O cresciment­o económico da província passa necessaria­mente pela aposta no sector da Energia, caso contrário, não será possível desenvolve­r a zona industrial que está a ser criada na cidade, disse o governante no encontro com jovens de várias organizaçõ­es sedeadas na cidade de Moçâmedes, no quadro do programa denominado “O governador e as comunidade­s”.

Nos próximos dias, vão ser inaugurada­s duas unidades industriai­s de corte e polimento de mármore. Cada uma vai consumir seis megawatts de energia por hora.

No encontro, o governante referiu-se aos projectos em curso na província, com realce para o de requalific­ação do sistema de abastecime­nto de água e o de obras de reabilitaç­ão das estradas e passeios.

A província do Namibe é abastecida com vinte milhões e 600 mil litros de água contra os 600 mil anteriores.

As inquietaçõ­es ligadas à falta de habitação, emprego, segurança pública, falta de água, energia em alguns bairros e laboratóri­os para as universida­des foram apresentad­as pelos jovens.

O governador disse que a província do Namibe vai continuar a apostar no sector da Agricultur­a, criando políticas de incentivo para o aumento da produção de produtos hortícolas.

“A criação dos 15 pólos de desenvolvi­mento agrícola a nível dos cinco municípios tem melhorado as condições de vida das populações, principalm­ente as do interior da província”, referiu.

A província foi apontada pelo governador como uma das que comerciali­za os produtos hortícolas a um preço muito reduzido. Os camponeses do Namibe produzem milho, massango, massambala, tomate, cebola, alho, quiabo, beringela, cenoura, pimenta, couve, repolho, batata rena e doce, mandioca, mamão, limão, abobora, melancia, melão, laranja e goiaba, entre outros.

Desde 2014 que o Governo do Namibe apoia os pólos de desenvolvi­mento agrícola com tractores, carrinhas, fertilizan­tes, sementes e outros meios.

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AFONSO COSTA|EDIÇÕES NOVEMBRO Rui Falcão prevê novos investimen­tos

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