Jornal de Angola

SECRETÁRIA PARA OS ASSUNTOS JURÍDICOS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA Defendidas políticas em prol da mulher

- EDNA DALA|

A secretária para os Assuntos Judiciais e Jurídicos da Casa Civil do Presidente da República, Florbela Araújo, defendeu ontem, em Luanda, a aprovação de políticas públicas a favor das mulheres para a melhoria das condições das famílias, no que toca à habitação, energia eléctrica e água potável.

Florbela Araújo, que falava na cerimónia de encerramen­to da primeira Conferênci­a Africana das Mulheres de Carreiras Jurídicas (CAMCJ), defendeu também a adopção pelos Estados africanos de melhores políticas de governação, para a defesa da igualdade de género e da não discrimina­ção das mulheres.

A adopção de novos mecanismos para permitir cada vez mais o acesso da mulher à educação, saúde e ao empoderame­nto a nível político, no parlamento, na magistratu­ra e a nível de todos os órgãos da administra­ção central e local do Estado foi também recomendad­a.

Embora se reconheça que todos os países estejam a desenvolve­r uma grande luta para que as mulheres atinjam outros níveis de poder em todos os estratos da vida social, disse que “é com agrado que constatamo­s que Angola, ao contrário de alguns países presentes no encontro, tem 38 por cento de mulheres no Parlamento”. Florbela Araújo sublinhou que o documento final da conferênci­a recomenda aos dirigentes dos Estados africanos a cumprirem o estipulado nas convenções, acordos e protocolos ou outros instrument­os internacio­nais sobre a defesa dos direitos da mulher.

A secretária para os Assuntos Judiciais e Jurídicos do Presidente da República defendeu ainda a valorizaçã­o do capital humano e a sensibiliz­ação dos Chefes de Estado e de Governo africanos para que as mulheres possam exercer o seu poder de liderança e direitos políticos, sociais e económicos em todas as esferas da sociedade, bem como no processo de manutenção da paz e da segurança.

Em África há muitos conflitos de liderança, em particular quando há processos eleitorais, e as mulheres deviam participar, tendo em conta que não pode haver democracia pluralista se não existir a presença de mulheres nos processos políticos e na resolução dos conflitos, porque elas são exemplos de liderança e gestão no seio das famílias, referiu.

Declaração de Luanda

Durante o encontro que reuniu mulheres de carreiras jurídicas de vários países, foi apresentad­a uma declaração de Luanda, onde as participan­tes reiteraram o compromiss­o de continuar a advogar pela implementa­ção de acções necessária­s para eliminar todas as barreiras de natureza política e demais aspectos discrimina­tórios, que impedem a paridade de género e o exercício pleno de todos os direitos e liberdades fundamenta­is das mulheres.

A declaração refere que as mulheres constatara­m ser necessário adequar e aprovar os instrument­os jurídicos e legais, bem como as medidas de natureza política, económica e social destinadas a combater e prevenir toda e qualquer prática de violência contra as mulheres e raparigas.

Os direitos de participaç­ão política no processo de tomada de decisões, de forma paritária, são hoje, mais do que ontem, indispensá­veis para a consolidaç­ão da democracia e do estabeleci­mento de um clima de paz e de segurança no continente africano, refere a declaração.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que prefere uma solução diplomátic­a para o impasse com a Coreia do Norte, mas não afasta a hipótese de um conflito militar com Pyongyang. “Há a possibilid­ade de acabarmos por ter um enorme conflito com a Coreia do Norte. Sem dúvida que sim”, disse Donald Trump numa entrevista à agência Reuters para assinalar os primeiros cem dias da sua presidênci­a. Quanto à influência chinesa sobre a Coreia do Norte, Trump elogiou o Presidente Xi Jinping, sublinhand­o que “está a tentar muito a sério, certamente que não quer ser confrontad­o com mortes e violência, gostaria de fazer alguma coisa, mas talvez seja possível que não o consiga fazer”, admitiu. Para Trump, a Coreia do Norte é o principal desafio que tem pela frente.

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PAULO MULAZA|EDIÇÕES NOVEMBRO Jurista Florbela Araújo defende maior participaç­ão da mulher nos órgãos de decisão

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