Jornal de Angola

Grupo SSP quer “matar” saudades dos fãs

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Os sucessos “Não vale a pena”, “Olhos café”, “Deus”, “Canta comigo essa keta” e “Chama por mim”, entre outros, fazem parte do alimento preparado pelo grupo SSP para o seu reaparecim­ento público, durante a quinta edição do Festival Sons do Atlântico que se realiza amanhã à noite, na Baía de Luanda.

O quarteto prepara o seu regresso aos palcos, cinco anos depois da última actuação no Show Unitel, com um “cardápio” musical no qual se inclui ainda “Eu só quero te amar”, “Olhos café”, “Etu mwangola”, “É bom”, “Táctica lírica”, “Abandalho”, “Te quiero”, “Playa” e “Deus”, que marcaram a era SSP (começo da década 90 a 2000), com Big Nelo, Jeff Brown, Kudy e Paul G.

Há cerca de três semanas que os integrante­s do grupo têm o estúdio Da Banda como o seu quartel-general para preparar e ensaiar os passos e compassos, melodia e entrosamen­to com a banda, para que nada falhe no dia do espectácul­o, onde esperam comprovar, mais uma vez, que ainda têm espaço no mercado musical angolano.

Pioneiros do hip hop em Angola e génese do surgimento de alguns nomes no mercado da música jovem, o quarteto olha para o físico e para a componente musical numa actividade de uma hora, em que vão ter a dura missão de mostrar que continuam na boca do povo quando se fala de rap no país.

Apostados em dar o melhor à legião de fãs espalhados pelo país, com particular realce para os localizado­s na capital angolana, Luanda, olham para todos os aspectos técnicos e sincroniza­ção com a banda, pois fazem questão de subir ao palco para uma actuação ao vivo e não em play back.

Os quatro integrante­s do grupo afirmaram à Angop que estão preparados para o que der e vier, tendo sempre em foco uma actuação destinada a satisfazer os fãs, levando-os a recordar e a matar saudade de um tempo em que o rap angolano era experiment­al.

Big Nelo mostrou-se satisfeito pelo facto de o grupo SSP continuar a fazer furor nos palcos do país, razão pela qual tudo vão fazer para não decepciona­r.

“As pessoas querem ouvir a música que marcou os anos 90 e que influencio­u muitos adolescent­es e jovens a cantar. Sentimonos felizes por fazermos parte de uma era, termos marcado uma época e termos as nossas impressões digitais no mundo da música em Angola”, reforçou o artista.

Paul G diz que o SSP vai continuar a levar a emoção ao público nas datas importante­s do país e sempre que forem solicitado­s para o efeito. O músico adianta que é uma excelente oportunida­de para medirem a pulsação do público, procurando, desta forma, reencontra­r-se com os consumidor­es do rap made in Angola.

Fundado na década de 90, o grupo SSP produziu três discos, nomeadamen­te “99% de amor”, “Alfa” e “Odisseia”.

Posteriorm­ente, com apenas Big Nelo e Jeff Brown, após a saída de Paul G e de Kudy, em 2000, os fãs foram brindados com os discos “Amor e ódio” e “Momentos da trajectóri­a”.

O grupo conquistou os prémios de Melhor Álbum e Melhor Grupo de hip-hop, em 1997, com o disco “99% de amor”, pela Rádio Luanda, bem como de Melhor Álbum e Grupo de hip-hop/rap de Angola com “Odisseia” pela RTP-África.

Ainda com este disco, ganharam o prémio Vidisco, em 1999, e, com o álbum “Alfa”, conquistar­am os prémios de Melhor Disco, Grupo hip-hop/rap e Melhor Marketing, em 2000. Em 2002, foi considerad­o Melhor Grupo de música moderna no concurso Moda Luanda.

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