UNITA nega existência de secretismo
A UNITA negou haver secretismo na divulgação pública da sua lista de pré-candidatos a deputados para a próxima legislatura e esclareceu que preferiu, num primeiro momento, apresentar a sua candidatura ao Tribunal Constitucional.
O esclarecimento foi feito em Luanda pelo presidente do grupo parlamentar, Adalberto Costa Júnior, durante um encontro com jornalistas e fazedores de opinião.
Adalberto Costa Júnior reconheceu haver curiosidade em saber a lista de pré-candidatos a deputados à Assembleia Nacional do maior partido na oposição. Entretanto, pediu um pouco mais de paciência, pois, nos próximos dias, o Tribunal Constitucional deve pronunciar-se sobre a candidatura da UNITA.
“Não há nenhum secretismo. Acontece apenas que a direcção do partido achou por bem apresentar primeiro a candidatura ao Tribunal e só depois do pronunciamento deste divulgar a lista. Pode ser que um ou outro candidato não seja aceite e não ficava bem divulgarmos já os nomes”, justificou Adalberto Costa Júnior.
O deputado confirmou que nas listas de pré-candidatos a deputados da UNITA (pelo círculo nacional e provinciais) constam nomes de figuras independentes. Adalberto Costa Júnior sublinhou que o convite a figuras independentes não é algo novo no seu partido, tendo lembrado que a UNITA já sugeriu, no quadro da representação parlamentar, a indicação de um dos juízes do Tribunal Constitucional.
Adalberto Costa Júnior acrescentou que, em caso de vitória da UNITA nas próximas eleições, o seu Governo vai ser inclusivo, abarcando figuras que não são militantes do partido.
Durante o encontro com jornalistas e fazedores de opinião foram abordados aspectos relativos ao processo eleitoral. Na manhã de quarta-feira e um dia após ter apresentado a sua candidatura ao Tribunal Constitucional, a UNITA realizou uma conferência de imprensa em que voltou a afirmar que não havia condições técnicas e políticas para a realização das eleições gerais em Agosto deste ano.
O secretário da presidência da UNITA para os Assuntos Eleitorais, Vitorino Nhany, apontou “três ocorrências principais “para fundamentar a sua tese, designadamente a alegada falta de partilha de dados estatísticos entre brigadistas e fiscais de partidos políticos, casos de duplicidade de registos e de recolha coerciva de cartões de eleitor.