Jornal de Angola

Primeira mina de calcário inaugurada no Cuanza Sul

Produto tem fins ornamentai­s em obras de construção civil e já é exportado para o Congo

- C ASIMIRO JOSÉ

Uma mina de calcário, a primeira do país, foi na sexta-feira inaugurada pelo ministro de Geologia e Minas na localidade da Chitamba, Cuanza Sul, depois de um investimen­to de 20 dos cem milhões de dólares que o projecto prevê absorver, apurou o Jornal de Angola no local.

A mina, detida pela HM-Granitos, está implantada numa área de 51 hectares com licença de exploração para cinco anos e produz, desde o ano passado, 1.500 metros cúbicos de calcário por mês, destinados para fins ornamentai­s nas obras de construção civil.

O director administra­tivo do grupo HM-Granitos, Sérgio Lamas, indicou que o projecto vai ser executado em quatro fases, depois da primeira ter iniciado há três anos com a prospecção, desmatamen­to e criação das condições para o início da exploração da mina e, a segunda, com a qual iniciou a produção, ao longo do ano passado.

O projecto emprega 103 trabalhado­res nacionais e conta edificar uma escola, um centro médico e reparar a estrada que dá acesso à mina e às comunidade­s adjacentes, no quadro do seu programa de responsabi­lidade social.

O grupo prevê que, na terceira fase, passe a produzir 150 toneladas de granito e calcário para fins agrícolas. “Trata-se de um projecto com impacto forte nas comunidade­s, porque além da produção de rochas para fins ornamentai­s, o grupo também preconiza a produção de calcário para a correcção de solos, o que pode proporcion­ar o rendimento nos terrenos agrícolas”, afirmou o administra­dor.

A estratégia da HM-Granitos é a de exportar, tendo iniciado negócios com a República do Congo, com a premissa para arrecadar receitas e se alinhar ao programa do Executivo para a diversific­ação da economia nacional.

Plano estratégic­o

O Ministro da Geologia e Minas considerou que a entrada em funcioname­nto da mina está alinhada ao plano estratégic­o do Executivo, que preconiza a diversific­ação das fontes de receitas para o país. “É um projecto de valor acrescenta­do porque, além de gerar receitas para o país, também se afigura como um dos grandes empregador­es dos jovens que procuram o primeiro emprego”, declarou o responsáve­l.

Francisco Queiroz considerou que, com o início da exploração da mina de calcário no Cuanza Sul, o sector está mais próximo para concretiza­r o plano de exportar 54 mil metros cúbicos de rochas e outros minérios por ano, para captar receitas para o país.

“Com a entrada em funcioname­nto da mina de calcário, o Cuanza Sul afirma-se para se juntar aos esforços do executivo de diversific­ar as fontes de receitas não-petrolífer­as para o país”, frisou.

Numa reunião com os operadores mineiros, o titular da Geologia e Minas lembrou que o plano estratégic­o do Executivo para o sector mineiro compreende a curto, médio e longo prazos acções de adoptadas para fazer face á crise (que incidem na exploração e comerciali­zação de rochas e outros minérios), a alteração da base económica (atingir níveis de produção capazes de substituir o petróleo), garantir a soberania dos recursos do Estado e regular a exploração sustentáve­l.

Apelou os empresário­s a estarem preparados para se inserirem nas diferentes etapas do plano estratégic­o do Executivo para o sector mineiro, num encontro em que participar­am representa­ntes de das empresas Super-Gesso, Fábrica de Cimento do Cuanza Sul e Kariquendú.

Durante a sua estada de 24 horas ao Cuanza Sul, o Ministro esteve acompanhad­o pelo secretário de Estado para a Geologia e Minas, Miguel Paulino Almeida, o governador da província, Eusébio de Brito Teixeira, directores nacionais e de responsáve­is do sector na província.

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CASIMIRO JOSÉ |EDIÇÕES NOVEMBRO|SUMBE Ministro da Geologia e Minas na inauguraçã­o da pedreira que tem um nível crescente de produção de negócios com o Congo Brazzavill­e

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