Pista do Soyo volta a receber aviões
Tráfego aéreo no município petrolífero ficou encerrado durante cinco dias
A pista do aeroporto “Comandante Ndozi” no município do Soyo, província do Zaire, foi reaberta na sexta-feira ao tráfego aéreo, cinco dias depois de ter sido encerrada para a remoção de uma aeronave da TAAG que ficou imobilizada em consequência de um problema, ainda não apurado, verificado no aparelho quando fazia manobras para estacionar.
O director da Empresa Nacional de Navegação Aérea (ENANA) na cidade do Soyo, José Mame, confirmou ontem à comunicação social a reabertura do aeroporto do Soyo, depois da “bem sucedida operação de remoção da aeronave” que obstruiu a pista desde o passado domingo.
O tráfego aéreo foi retomado já na sexta-feira no aeroporto “Comandante Ndozi” por não ter havido danos na pista durante o processo de remoção do avião, disse José Mame, que acrescentou que depois da remoção, um grupo de bombeiros fez a limpeza da pista, mas a sua reabertura só veio a acontecer depois de um trabalho de inspecção.
No dia da reabertura, a pista recebeu aeronaves da TAAG e da Sonair, do tipo Boeing 737-700, que aterraram e descolaram sem dificuldade, para alegria dos passageiros que ficaram retidos no Soyo cerca de uma semana.
A operação de remoção do avião da TAAG, concluída por volta das 19h00 de quinta-feira, foi feita por técnicos do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAVIC), do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticas e da TAAG, coadjuvados por especialistas da Boeing, que vieram a Angola, a partir da África do Sul, para o efeito. Pedro Gonçalves, do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos do Ministério dos Transportes declarou que a operação de remoção do avião foi “extremamente difícil e complexa”.
O trabalho consistiu na remoção da aeronave da área em que se encontrava, na limpeza do local que se prolongou até à meia-noite de quinta-feira e na inspecção da pista, antes da sua reabertura. “A operação foi extremamente difícil e complexa em função dos meios disponíveis utilizados para a remoção da aeronave da área onde teve lugar a ocorrência", disse Pedro Gonçalves.
Sobre as causas do acidente e o nível dos danos causados ao avião, cujo trem de aterragem dianteiro encolheu quando o aparelho fazia manobras para estacionar na placa, Pedro Gonçalves disse ser prematuro avançar as causas que estiveram na origem da ocorrência, assim como a avaliação dos danos.
À primeira vista, os danos são ligeiros, informou Pedro Gonçalves, que confirmou estar a trabalhar sobre o caso uma comissão técnica, integrada por inspectores do INAVIC, do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos.
“Vamos, em conjunto, fazer a avaliação e depois encontrar as causas que estiveram na origem do acidente”, concluiu.