Catumbela rescinde acordo no Pólo de Desenvolvimento
O Pólo de Desenvolvimento Industrial da Catumbela (PDIC) rescindiu contratos com 80 empresas que não estavam a rentabilizar os lotes cedidos para edificar empreendimentos económicos, com o que criou uma nova oferta de espaços, anunciou na sexta-feira ao Jornal de Angola o administrador financeiro daqueles serviços.
Rui Manuel declarou que, com a rescisão, mais de 80 hectares estão disponíveis para assinatura de novos contratos no ramo da indústria e prestação de serviços, para os quais novas empresas manifestam interesse de forma contínua.
O administrador Financeiro revelou que, neste momento, existem acima de 1.500 empresas interessadas em investir no pólo, o que vai impulsionar a dinâmica de negócios em Benguela.
“Esse processo é contínuo, uma vez que enquanto rescindimos com alguns, cedemos terrenos àquelas empresas que têm condições e projectos para se instalarem. Os contratos são bem claros e estabelecem quer todas as cláusulas que devem ser cumpridas”, frisou.
Muitos investidores, adiantou, não tinham bem clara a ideia do que era um pólo, pois alguns empresários pensavam que era apenas adquirir o espaço e começarem os trabalhos de edificação das empresas quando bem entendessem.
Em Abril, quando o pólo completou 18 anos, a administradora Joana Gomes Lorena declarou que a procura de espaços registava em alta, mas que algumas empresas tinham dificuldades para se manterem devido a dificuldades financeiras que impediam o cumprimento das cláusulas contratuais.
A administradora do PDIC referiu que, até àquela altura, mais de 1.500 empresas manifestaram o desejo de se instalarem no pólo, mas lamentou que, devido à fraca capacidade financeira, muitas das que já possuíam lotes não se estavam a fixar nos prazos previstos.
“Temos várias solicitações e não podemos ficar com espaços vazios, razão pela qual estamos num processo de reestruturação e a rescindir contratos com todos aqueles que nada fazem, para colocarmos potenciais investidores que demonstram interesse em fazer algo e contribuir para a dinamização do pólo”, frisou.
Desde a implantação do PDIC, foram criados mais de mil postos de trabalho nas cerca de cem empresas instaladas no projecto, mas, com a crise financeira, muitas unidades industriais e entidades de prestação de serviços estão com tendência de redução da produção e encerramento, situação que motiva o despedimento de trabalhadores.
Joana Gomes Lorena adiantou que o pólo enfrenta as consequências de um deficiente fornecimento de energia eléctrica, situação que vai ser ultrapassada com a entrada em funcionamento de uma estação de distribuição de electricidade em Junho.