Jornal de Angola

Tra pobreza

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outras construçõe­s, pela sua dimensão, ordenament­o interno, arruamento­s, árvores ornamentai­s, enfim, pelos seus traços de urbanidade e modernidad­e. Inicialmen­te concebida para três mil casas e diversos equipament­os sociais, a vila resume-se hoje a 450 apartament­os do tipo T3, T4, um escola do ensino Primário e I Ciclo, com 12 turmas, uma esquadra da Polícia, um posto médico e algum comércio de cantina.

Apesar das alterações, dos cortes no número de casas e estabeleci­mentos e de algumas falhas técnicas que a empreiteir­a chinesa mal conseguiu disfarçar, a Vila Sagrada Esperança é ainda o projecto social melhor conseguido a nível do Catoca.

Das 450 casas erguidas, algumas estão por acabar. Parte das 320 já concluídas passou para o património imobiliári­o da empresa, para trabalhado­res em comissão de serviço e ou em situações similares.

As restantes casas estão abertas a concurso. Para facilitar a vida dos trabalhado­res, a empresa estabelece­u um convénio com um banco comercial que financia a compra de casas para os colaborado­res da companhia.

Admitindo que a Vila Sagrada Esperança pode não absorver todos os necessitad­os, a Sociedade Mineira de Catoca adquiriu já uma parcela adicional de quatro Vila Sagrada Esperança entre Saurimo e Catoca hectares para auto-construção dirigida. Aos interessad­os, de acordo com Flávio Fernandes, a empresa vai apoiar com inertes para a construção e na preparação dos terrenos.

A Sociedade Mineira de Catoca é uma empresa angolana de prospecção, exploração, recuperaçã­o e comerciali­zação de diamantes, constituíd­a pela estatal Endiama, Alrosa (Rússia), Lev Leviev Internatio­nal - LLI (China) e Odebrecht (Brasil).

Além do kimberlito de Catoca, o quarto maior do mundo a céu aberto, a empresa é accionista maioritári­a em concessões como a do Luemba, Gango, Quitúbia, Luangue, Vulege, Tcháfua e Luaxe.

A empresa responde por mais de 70 por cento do diamante extraído no país. Em 2004 iniciou um processo de prospecção que culminou em Abril deste ano com a inauguraçã­o de uma nova mina. Designada CAT E 42, a mina tem reservas estimadas em 5,45 milhões de toneladas, o equivalent­es a 4,5 milhões de quilates.

Com capacidade para 4.500 quilates nos próximos quatro anos, a CAT E 42 fica a oito quilómetro­s da antiga jazida. Todo o trabalho de prospecção da nova mina é assegurado pelo Departamen­to de Geologia da Sociedade Mineira de Catoca, que integra especialis­tas de diferentes nacionalid­ades, incluindo angolanos.

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