Afrobasket sem estreantes
A 29.ª edição do Campeonato Africano das Nações, Afrobasket, a decorrer de 19 a 30 de Agosto, em país ainda não conhecido oficialmente, mesmo depois do convite endereçado a Angola, em virtude da desistência da República Democrática do Congo (RDC), por alegados problemas financeiros, não regista este ano a presença de qualquer selecção estreante.
Facto assinalável é o regresso, 32 anos depois, da Guiné Conacri, detentora do maior palmarés da competição, mercê da recepção de um convite (“wild card”), endereçado pelo órgão dirigente da modalidade no continente.
Outra equipa beneficiada é o Rwanda. Ausentes da edição passada, a selecção ruandense, onde alinha o extremo-base Cedric Isom, jogador cuja carreira desportiva está ligada a clubes angolanos, com realce para as passagens pelo Petro de Luanda, 1º de Agosto e Interclube, regressa dois anos depois à prova.
A última presença guineense num Campeonato das Nações foi em 1985, em Abidjan, Costa do Marfim, tendo efectuado a estreia em 1980, em Rabat, Marrocos.
Quinze selecções estão já qualificadas para o Afrobasket, designadamente, Angola, hendecacampeã, Nigéria (detentora do título), África do Sul, Marrocos, Tunísia, Egipto, Costa do Marfim, Senegal, Uganda, Mali, Camarões, Guiné Conacri, Rwanda, Moçambique e República Democrática do Congo. Ficaram de fora as selecções da Argélia, Gabão, Zimbabwe, Cabo Verde e República Centro Africana, campeã em 1974 e 1987.
A direcção da Federação Angolana de Basquetebol (FAB), presidida por Hélder Cruz “Maneda”, já trabalha no programa de preparação da Selecção Nacional sénior masculina, visando a reconquista do título, perdido em 2015 para a Nigéria, que se sagrou campeã pela primeira vez.
Em declarações aos órgãos de comunicação social, aquando da conferência de imprensa que serviu para anunciar a recondução de Carlos Dinis ao cargo de seleccionador nacional, “Maneda” disse que “temos de voltar a trabalhar como no passado, realizando estágios no estrangeiro e disputando jogos de elevado grau de dificuldade. Os nossos adversários já começaram a fazê-lo. A Tunísia é exemplo do que digo”.
Questionado se o arranque da preparação para a maior competição africana a nível de selecções tem início no estrangeiro, o número um da federação respondeu: “Podemos começar em Luanda. Temos boas instalações desportivas e de acomodação. À posterior, podemos seguir para o estrangeiro”, disse.