Jornal de Angola

António Ole em destaque na 57ª bienal de Veneza

Obra do artista e cineasta reflecte a história política e cultural do país

- CULTURA | 29

O cineasta e artista plástico António Ole é a figura de destaque de Angola na 57.ª Exposição Internacio­nal de Arte Contemporâ­nea, da Bienal de Veneza, de 13 a 26 de Novembro, com a participaç­ão de 51 países, em Itália.

A comissária do Pavilhão de Angola, a ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, deu a conhecer, durante uma conferênci­a de imprensa, que a participaç­ão de Angola é uma mostra da política criada pelo Executivo angolano de desenvolve­r e promover a diplomacia cultural com o entrosamen­to de encontros de gerações que o órgão que dirige quer ressaltar nessa grande exposição internacio­nal.

Carolina Cerqueira revelou que associar novos criadores como Paulo Kussy, assessor da ministra da Cultura, e Marita Silva, directora da Fundação Sindika Dokolo, como curadores do Pavilhão de Angola, ao lado de António Ole, um dos veteranos da nossa cultura com uma carreira sólida, é prova evidente de que Angola é um país de gerações.

“Gerações novas que, aliadas às gerações mais velhas, juntos constroem uma nação com grande sustentabi­lidade cultural, assim como uma grande projecção que desejamos a nível internacio­nal.”

Para a governante, o objectivo de Angola é trazer mais um troféu, à semelhança de 2013 e 2015, onde venceu o prémio do Leão de Ouro, de maneira que o nome da nação angolana seja mais uma vez honrado e dignificad­o através de um trabalho colectivo, organizado pelo Ministério da Cultura com a orientação do Executivo.

Pavilhão de Angola

O Pavilhão de Angola vai ser inaugurado na sexta-feira. Angola participa nesta montra internacio­nal com um projecto artística que aborda a obra cinematogr­áfica de António Ole, um dos mais reconhecid­os criadores angolanos, cujo percurso artístico é atravessad­o pela abordagem de temas como “A escravatur­a e colonialis­mo”.

A exposição de António Ole é uma “mostra de vídeo arte”, que vai ser exibida através de projecções, filmes e documentár­ios produzidos pelo artista, intitulado “Memória magnética/ressonânci­a”. Trata-se de um projecto que propõe a reflexão e a celebração da trajectóri­a da história recente de Angola (dos últimos 40 anos) a partir do olhar poético do cinema angolano e da ancestrali­dade da música popular angolana.

A escolha de António Ole, afirmou a ministra da Cultura, para ser o curador principal do Pavilhão de Angola, serve também para homenagear o artista plástico pelo seu empenho no desenvolvi­mento das artes plásticas no país.

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ANGOP Documentár­ios e longa metragem de António Ole dominam participaç­ão angolana na bienal de Veneza com Leão de Ouro na mira
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PAULO MULAZA|EDIÇÕES NOVEMBRO Carolina Cerqueira destacou durante a conferênci­a de imprensa o papel de António Ole no desenvolvi­mento das artes plásticas no país

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