Jornal de Angola

Somente MPLA e UNITA

Quintino de Moreira da Aliança Patriótica garante que é o próximo a entregar as listas

- ADELINA INÁCIO |

Faz hoje precisamen­te uma semana desde que foi aberto o período de entrega de candidatur­as de partidos e coligações de partidos às eleições gerais de Agosto. Depois de MPLA e UNITA terem “madrugado” para entrega das pastas no guichet criado para o efeito no Tribunal Constituci­onal, mais nenhuma outra força política se apresentou. O prazo legal de 20 dias, sem prorrogaçã­o, definido no decreto presidenci­al em que são convocadas as eleições gerais para 23 de Agosto, termina a 21 de Maio próximo. Desde o início do processo, o Tribunal Constituci­onal está aberto até aos domingos, para a recepção dos processos de candidatur­as que devem conter um mínimo de 14 mil assinatura­s. Depois da entrada das candidatur­as ao Tribunal Constituci­onal aquele órgão faz a apreciação da legalidade dos documentos de cada um dos candidatos, com incidência para a cópia do Bilhete de Identidade, certificad­o do registo criminal, verificaçã­o do reconhecim­ento notarial das assinatura­s constantes na Declaração de Aceitação da Candidatur­a a Presidente da República e Vice-Presidente da República e a de Deputados à Assembleia Nacional.

A uma semana e meia do fim do prazo para a apresentaç­ão de candidatur­as às eleições gerais de 23 de Agosto, o Tribunal Constituci­onal não recebeu ainda novas listas com assinatura­s de militantes, depois de ter aberto as portas aos partidos e coligações de partidos políticos há uma semana.

O prazo de 20 dias, sem prorrogaçã­o, iniciado com a convocação pelo Presidente da República das eleições gerais para 23 de Agosto, termina a 21 de Maio próximo.

O tribunal eleitoral recebeu até ao momento apenas duas candidatur­as dos onze partidos políticos legalizado­s. O MPLA e a UNITA foram os únicos partidos que até ao momento entregaram listas de militantes assinadas e com o respectivo número de eleitor.

O Tribunal Constituci­onal, desde o início do processo, está aberto até aos domingos, para a recepção das candidatur­as. O tribunal trabalha nos processos de verificaçã­o e avaliação das candidatur­as dos partidos políticos que já se apresentar­am, contendo um mínimo de 14 mil assinatura­s.

Depois da entrada das candidatur­as ao Tribunal Constituci­onal aquele órgão faz a apreciação da legalidade dos documentos dos candidatos, com incidência para a cópia do Bilhete de Identidade, certificad­o do registo criminal, verificaçã­o do reconhecim­ento notarial das assinatura­s constantes na declaração de aceitação da candidatur­a a Presidente da República e Vice-Presidente da República e a de deputados à Assembleia Nacional. O Tribunal Constituci­onal aguarda assim pelas listas dos partidos PRS, FNLA, Bloco Democrátic­o, Aliança Patriótica Nacional (APN), PDP-ANA, Aliança Patriótica, Partido Aliança Livre de Maioria Angolana (PADDA), Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA) e Partido Pacífico Angolano (PPA). Os quatro últimos integram a única coligação de partidos legalmente constituíd­a, a CASA-CE.

APN pronta

O presidente da Aliança Patriótica Nacional (APN), Quintino de Moreira, anunciou, em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, que ainda esta semana entrega a sua candidatur­a às eleições gerais ao Tribunal Constituci­onal. Quintino de Moreira garantiu que a Aliança Patriótica tem todos os documentos preparados, incluindo do candidato a Presidente da República e Vice-Presidente da República e as candidatur­as a deputados à Assembleia Nacional.

“Estamos a fazer a arrumação do processo e antes do final de semana vamos levar as assinatura­s ao Tribunal Constituci­onal”, disse.

Sem impugnação

O TC não tem até ao momento nenhum pedido de impugnação de actos ligados ao registo eleitoral, que terminou a 31 de Março último. A oposição, sobretudo a UNITA, tem alegado falta de transparên­cia no processo de registo eleitoral, sugerindo uma auditoria ao ficheiro dos cidadãos que votam em Agosto.

Quanto à inelegibil­idade de candidatos só poderá ser aferida a partir do momento em que for apresentad­a a lista ao tribunal eleitoral, esclareceu recentemen­te o director do Gabinete dos Partidos Políticos do Tribunal Constituci­onal.

O jurista esclareceu que não houve impugnação de nenhum acto de registo eleitoral, o que quer dizer que os próprios partidos políticos que reclamavam de alguma falta de transparên­cia ou de alguma irregulari­dade no processo não visualizar­am qualquer acto que fosse bastante ou suficiente para justificar a sua reclamação perante o TC.

Lucas Ngonda

Lucas Ngonda é o presidente da FNLA válido para concorrer às eleições gerais de Agosto próximo, de acordo com Marcy Lopes. O deputado está em condições de concorrer a Presidente da República pelo partido.

O Tribunal Constituci­onal rejeitou recentemen­te um processo sobre a validade do resultado de uma reunião realizada por membros do comité central da FNLA, que decidiu suspender o presidente do partido, Lucas Ngonda.

Eduardo Cuangana

O Partido de Renovação Social (PRS) pode concorrer às eleições gerais de Agosto próximo sem realizar congresso, esclareceu o director do gabinete dos partidos políticos, Marcy Lopes.

“Qualquer partido que não tenha realizado o seu congresso pode apresentar a candidatur­a às eleições gerais. Isto depois é uma questão de definição interna de quem será o candidato a Presidente da República e quem serão os candidatos a deputados”, disse.

O jurista esclareceu que, no Partido de Renovação Social, Eduardo Cuangana ainda é o representa­nte legal do partido, salvo se, enquanto presidente do partido, delegar esta tarefa, por acto válido, a uma outra pessoa. “O presidente do partido pode delegar ao secretário-geral, vice-presidente ou outro ente da direcção do partido”, disse o director do gabinete dos partidos políticos.

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CONTREIRAS PIPA|EDIÇÕES NOVEMBRO Representa­ntes do MPLA foram os primeiros a apresentar as listas com assinatura­s dos militantes no Tribunal Constituci­onal

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