Imogestin adjudica obra da centralidade de Saurimo
ACTO DE CONSIGNAÇÃO NA LUNDA SUL Secretário de Estado da Habitação anuncia para breve outros projectos nas províncias
A Imogestin e a construtora Greener assinaram ontem o documento que formaliza a consignação da obra de construção de 212 casas das 952 previstas na futura centralidade de Saurimo. Rui Cruz, pela Imogestin, em representação do Estado angolano na qualidade de dono da obra, e Francisco Pinto, pela construtora, rubricaram o acto de consignação da empreitada que deve durar 15 meses. Numa primeira fase a centralidade de Saurimo vai comportar quatro edifícios de quatro pisos, com um total de 84 apartamentos e 12 lojas, e quatro edifícios torres de oito pisos, com um total de 128 apartamentos e respectivas infra-estruturas internas.
As obras de construção de 212 casas das 952 previstas na centralidade de Saurimo arrancaram ontem, com o acto de consignação assinado pelo presidente do Conselho de Administração da Imogestin, Rui Cruz, em representação do Estado angolano na qualidade de dono da obra e Francisco Pinto, da empresa Greener.
A empreitada vai ser executada num prazo de 15 meses, numa área de 65 hectares. O administrador executivo da Imogestin, Amarildo Van-Dúnem, explicou que a centralidade de Saurimo vai, na primeira fase, comportar quatro edifícios de quatro pisos, com um total de 84 apartamentos e 12 lojas, e quatro edifícios torres de oito pisos, com um total de 128 apartamentos e respectivas infra-estruturas internas.
Amarildo Van-Dúnem referiu que as vistorias feitas ao local garantem a confiança para que o empreiteiro mobilize os meios para o começo das obras. O responsável da Imogestin, Rui Cruz, avançou que o início da construção da centralidade de Saurimo, abre um conjunto de iniciativas que vão decorrer entre Maio e Julho, em províncias que ainda não receberam projectos semelhantes: Zaire, Malanje, Cuanza Norte, Cunene, Cuando Cubango e Bengo.
Localizada na zona Sul da reserva fundiária na cidade de Saurimo, na margem direita da Estrada Nacional número 180, a centralidade compreende uma área total de 417 hectares, dos quais, nesta primeira fase, vão ser ocupados apenas 7,3 hectares. Um total de 65 hectares vai ser usado para construção de equipamentos sociais, com realce para duas creches, um centro de Saúde, centro comunitário, instalações para administração, Polícia Nacional, Serviços de Protecção Civil e Bombeiros e uma escola primária, além de 32 moradias unifamiliares e 112 geminadas. Os espaços exteriores vão ser equipados com jardins, áreas de ginástica ao ar livre e um campo de futebol, além de uma Estação de Tratamento de Água e uma Central Térmica de Fornecimento de Energia.
A governadora da Lunda Sul, Cândida Narciso, entende que a construção da centralidade de Saurimo é motivo de satisfação para a população, porque contribui para a mudança da imagem da cidade, através do aumento de edifícios e de outros equipamentos sociais.
Cândida Narciso reconhece que apesar das dificuldades financeiras vigentes foi possível concretizar este projecto fruto do empenho, persistência, coragem e determinação demonstrados pelos angolanos. Com esta empreitada, disse, os jovens vão encontrar novas oportunidades de emprego em prol do seu bemestar e da suas famílias.
Direitos garantidos
O acto de consignação foi testemunhado pelo secretário de Estado da Habitação, Joaquim Silvestre, que destacou que a construção das centralidades surge na sequência do Plano Nacional de Urbanismo e Habitação.
Joaquim Silvestre acrescentou que com o acto de consignação da construção de uma nova urbanização ou centralidade, o Executivo está a dar resposta à Declaração Universal dos Direitos do Homem, das Nações Unidas, de 1948, de garantir um direito fundamental plasmado na Constituição, bem como a cumprir os objectivos fundamentais da Nova Agenda Urbana, no que concerne à “habitação adequada para todos e desenvolvimento dos assentamentos humanos sustentáveis num mundo em urbanização”.