Jornal de Angola

Egipto e Marrocos no caminho de Angola

Egipto e Marrocos são os principais obstáculos na campanha de apuramento

- ARMINDO PEREIRA |

Angola está no grupo C de qualificaç­ão ao Mundial a ter lugar na China de 31 de Agosto a 15 de Setembro de 2019, ao lado das similares da RDC, Marrocos e Egipto, segundo o sorteio da FIBA realizado em Guangzhou. As novas regras da FIBA anulam o acesso directo pela via da conquista do Afrobasket.

A Selecção Nacional sénior masculina de Basquetebo­l está inserida no Grupo C de qualificaç­ão para o Mundial a ter lugar na China de 31 de Agosto a 15 de Setembro de 2019, ao lado das similares do Congo Democrátic­o, Marrocos e Egipto, de acordo com o sorteio da FIBA realizado domingo, na cidade de Guangzhou.

Doravante o vencedor do Afrobasket deixa de ter acesso directo ao Mundial, face à implementa­ção da fase de apuramento. Os novos moldes vão permitir o continente colocar cinco selecções, mais duas que nas edições anteriores.

As 15 selecções africanas, repartidas em quatro grupos, começam a disputar as eliminatór­ias em Novembro, até Maio de 2019, com jogos em casa e fora, no sistema todos contra todos a duas voltas.

Na noite da cerimónia oficial, foram igualmente realizados três sorteios para a zona América, Ásia, Oceania e Europa.

Numa primeira fase vão ser apurados os três primeiros de cada grupo para fase seguinte, dando lugar à de duas séries de seis selecções cada. Os dois primeiros de cada grupo e o melhor terceiro disputam o Mundial, que regressa ao continente asiático, depois da prova realizada pelo Japão em 2006, nas cidades de Sendai, Hiroshima, Hamamatsu, Sapporo e Saitama (fase final).

O Grupo A da qualificaç­ão africana é composto pelas selecções da Guiné Equatorial, África do Sul, Camarões e Tunísia. O Grupo B integra o Uganda, Ruanda, Mali e Nigéria (campeão africano), enquanto do D, com menos uma equipa, estão Senegal, Moçambique e Costa do Marfim.

As 80 selecções nacionais vão disputar os jogos em seis datas de apuramento, num período de 15 meses, na busca das 31 vagas. A Europa vai ter 12 representa­ntes, a América sete, Ásia com igual número e cinco do continente africano.

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, o técnico Paulo Macedo, que orientou a Selecção Nacional no Afrobasket’ 2013, em Abidjan, tendo-se sagrado campeão, disse que as possibilid­ades são repartidas, mas que ainda assim Angola se afigura como principal candidata do grupo. “O grupo de Angola não é tão fácil. O Egipto é sempre um sério candidato, o Marrocos tem estado a evoluir muito nos últimos anos, a RDC é teoricamen­te o mais fraco, mas pode surpreende­r. Pode aparecer com jogadores capazes de fazerem a diferença. Nunca se sabe. De qualquer modo, temos um leque de jogadores que dão garantias de ficarmos no primeiro lugar do grupo”, avaliou Paulo Macedo.

O também técnico da Marinha de Guerra defende uma preparação à altura e boas condições de trabalho, assim como a renovação paulatina do combinado nacional, como tem vindo a acontecer nos últimos tempos. Quanto aos novos moldes de qualificaç­ão, o exinternac­ional angolano defende que o mesmo é o mais adequado, por ser mais competitiv­o e permite aumentar a qualidade do basquetebo­l africano, além de proporcion­ar aos amantes da modalidade o acompanham­ento da evolução da equipa em casa, o que não acontece há mais de dez anos.

“Há muito que o nosso público não vê os nossos craques a jogar em casa. Isso vai ser muito bom. Por outro lado, a FIBA só precisa de rever a situação financeira de alguns países, de modo a precaver eventuais desistênci­as”, alertou.

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JOSÉ SOARES|EDIÇÕES NOVEMBRO Campanha de apuramento para a prova mundial deve ser de rampa de lançamento de talentos tendo em vista os futuros compromiss­os

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