Jornal de Angola

Manobras militares contra o terrorismo

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Os Exércitos das Filipinas e dos Estados Unidos iniciaram ontem manobras anuais, que contam com um número reduzido de tropas e se limitam a operações antiterror­istas e de resposta a calamidade­s.

Este ano, os exercícios designados por Balikatan, sendo os primeiros com Rodrigo Duterte como Presidente das Filipinas, começou com uma cerimónia na base de Campo Aguinaldo, ao norte de Manila, informou o porta-voz das Forças Armadas do país, Restituto Padilla.

Pelo menos um número estimado em 5.300 soldados, 2.800 filipinos e 2.600 norte-americanos, participam dos exercícios, que vão durar 12 dias.

O número de tropas, às quais se somam alguns soldados da Austrália e Japão, foi reduzido considerav­elmente em relação ao ano passado, quando tomaram parte 11 mil soldados filipinos e norteameri­canos. “Desta vez, Balikatan se limita a operações de luta contra o terrorismo e resposta a grande desastres”, explicou à agência noticiosa Efe o portavoz do Exército filipino. O exercício acontece todo ano desde que Filipinas e EUA assinaram um acordo de defesa mútua em 1951. O Pentágono apoiou o plano de investimen­tos de cerca de 8 mil milhões de dólares adicionais, necessário­s para o reforço militar no Pacífico durante os próximos 5 anos, segundo o “Wall Street Journal”.

Os Estados Unidos podem aumentar a sua presença na zona Ásia-Pacífico através da modernizaç­ão da sua infra-estrutura militar, e com a realização de exercícios militares adicionais e do deslocamen­to de forças adicionais. O plano, baptizado inicialmen­te como “Iniciativa de Estabilida­de na Região Asiática do Pacífico”, foi proposto pelo senador John McCain e apoiado por outros legislador­es norte-americanos, bem como pelo secretário da Defesa dos EUA, James Mattis, e pelo chefe do Comando da Marinha da região, Harry Harris.

“Esta iniciativa pode aumentar a capacidade militar dos EUA através dos financiame­ntos necessário­s para a correcção das nossas posições na região e para o melhoramen­to da infra-estrutura, bem como para o financiame­nto de exercícios adicionais”, declarou McCain.

AAdministr­ação de Trump exigiu fundos adicionais para os gastos militares neste ano financeiro e, em 2018, pretende aumentar os gastos em 54 mil milhões de dólares, acrescenta o jornal.

Com a nomeação de Rex Tillerson para o cargo de secretário de Estado, os EUA vão tentar afastar a Rússia da região da Ásia Central e opor-se à Organizaçã­o para Cooperação de Xangai (OCX).

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ROMEO GACAD|AFP Forças diminuem efectivos em “combates”

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